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O governo reserva um papel de destaque para o Exército na retomada dos projetos de infraestrutura no país. A ideia é utilizar o Departamento de Engenharia e Construção da Força, o DEC, dentro do modelo do Pró-Brasil, que vem sendo costurado pelos ministros Tarcisio Freitas e Braga Netto, com o apoio dos demais integrantes da ala militar do Palácio do Planalto. O Exército teria uma presença ainda maior no Norte e Nordeste, regiões que concentram mais da metade dos 14 mil empreendimentos paralisados
em todo o Brasil – um mix para todos os gastos, de estradas a moradias populares, passando por redes coletoras de esgoto, escolas, hospitais, pontes, ferrovias etc.
Além de fazer sentido pela notória eficiência do DEC e pela força de trabalho que o Exército tem dentro de casa, há um forte valor simbólico na medida: Bolsonaro cruzaria o Brasil visitando canteiros e inaugurando obras tocadas por militares. Ressalte-se que o Exército já é uma das maiores “empreiteiras” do Brasil. O Departamento de Engenharia e Construção tem hoje uma carteira de aproximadamente R$ 1 bilhão em obras públicas, a maior parte empreendimentos no âmbito dos Ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento. Entre eles figuram as obras de restauração e manutenção de quatro rodovias federais – BR-135 (MA), BR-110/316 (PE), BR-230 (PB) e BR-432 (RR).
A eficiência e a boa resposta na condução dos projetos têm encantando o Palácio do Planalto. O próprio presidente Jair Bolsonaro já anunciou que o Exército vai atuar na construção de 18 quilômetros da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia. Consultado, o Exército afirma que “até o presente momento não houve formalização de nenhuma nova demanda para emprego de sua Engenharia, além das parcerias já em andamento.”
A Força informa ainda que “atualmente o Sistema de Engenharia do Exército conta com onze Batalhões de Engenharia de Construção e uma Companhia de Engenharia de Construção, com um efetivo aproximado de 10 mil militares e servidores civis, aptos a atuar em qualquer região do País.” A peça que ainda falta nesse quebra-cabeças é de onde virá o dinheiro para o Exército comandar parte do portfólio de obras do Pró -Brasil. Quem vai pagar pelas obras que serão tocadas pelo DEC? A princípio, os ministros Tarcisio Freitas e Rogério Marinho já conseguiram R$ 5 bilhões para tocar os projetos do Pró-Brasil. Se saírem os R$ 30 bilhões solicitados pela dupla, o Exército tem tudo para ser o destino de alguma parte dessa verba.
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