Indústria
Estaleiros se cansam de esperar por um dia que nunca chega
A julgar pelas movimentações em curso, os próprios players da indústria naval não levam a menor fé que o governo Lula conseguirá tirar do papel as promessas de estímulo à retomada de grandes encomendas – navios, plataformas, entre outros – no Brasil. No mercado, a informação é que a Queiroz Galvão estuda vender a área onde está instalado o estaleiro QGI, em Rio Grande (RS). Trata-se praticamente de uma instalação fantasma. As atividades estão paralisadas, e o terreno, abandonado – em parte dele, é possível ver cavalos pastando.
A Queiroz Galvão se juntaria, assim, à Novonor (antiga Odebrecht), que anunciou, no mês passado, a intenção de vender todos os ativos do Enseada, estaleiro do grupo localizado na Bahia.
Encomendas a indústria naval brasileira tem. A questão é o calibre dos pedidos.
Todos os estaleiros montados nos dois primeiros mandatos de Lula, com estímulos do próprio governo, foram pensados para receber encomendas de grande porte. Esses pedidos não existem – e talvez nunca voltem a existir, ao menos não na proporção idealizada. O que há, sim, é espaço para o crescimento da indústria naval para projetos de menor envergadura, a reboque, sobretudo, de encomendas da Petrobras. Outra possibilidade que se apresenta no horizonte é a construção de estruturas para abrigar eólicas offshore.
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