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Política
A Secom teve de montar às pressas uma operação de guerra nas redes sociais para dissipar os boatos de aumento de impostos sobre a locação e venda de imóveis na esteira da reforma tributária. Nos últimos dias surgiu uma torrente de rumores relacionados à elevação do IPTU e à criação de novos gravames.
A Receita Federal chegou a soltar um comunicado negando o surgimento de uma tributação específica para imóveis, mas o posicionamento teve a repercussão de um sussurro, mostrando-se insuficiente para apagar o rastilho de pólvora nas mídias digitais, o que obrigou a Secom a entrar em campo.
Guardadas as devidas proporções, o episódio guarda semelhanças com a crise que o governo enfrentou no início do ano com o bombardeio de rumores sobre a taxação do PIX. Na ocasião, a boataria surgiu após a equipe econômica ampliar o monitoramento e fiscalização sobre transferências acima de R$ 5 mil realizadas por pessoas físicas.
No caso dos rumores sobre taxação de imóveis, a semente da intriga foi a criação do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB) – rotulado como o “CPF do imóvel”.
Nos dois casos, de certa forma, o governo também tem sua culpa no cartório. Tanto no episódio da fiscalização do PIX quanto na criação do CIB, faltaram explicações mais detalhadas sobre as intenções da equipe econômica e o alcance da medida, o que semeou um terreno fértil para elucubrações, intrigas e instrumentalizações políticas.
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