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A decisão de Elon Musk de fechar o escritório do “X”, antigo Twitter, no Brasil tem uma dose de teatro. Os problemas de caráter institucional e, sobretudo, jurídico no país certamente pesaram na medida. Mas estão longe de ser a única motivação, como Musk que fazer crer.
No escritório, em São Paulo, segundo o RR apurou, já era sabido por todos os poucos funcionários ainda existentes que o “X” encerraria sua presença física no país até o fim do ano. E não somente como reação a ordens do ministro Alexandre de Moraes, mas também por uma decisão estratégica de corte de custos.
Na prática, a representação brasileira tinha muito pouca importância para a operação propriamente dita, comandada diretamente das sedes da X Corp., em San Francisco, e da Twitter International Unlimited Company, em Dublin, na Irlanda. A própria parte comercial já vinha sendo conduzida pela matriz.
Há quem veja na saída do país uma forma de Musk de dificultar investigações e punições do STF contra o X.
Pode ser. Mas cabe lembrar que a operação no Brasil já vinha se esmigalhando antes mesmo do acirramento dos embates com o Supremo. Desde a compra do então Twitter, no fim de 2022, Musk demitiu quase 90% da força de trabalho no escritório de São Paulo. Ou seja: o fechamento da estrutura in loco era pedra cantada há muito tempo. Mas Elon Musk não perderia a oportunidade de fazer mais uma de suas pantomimas.
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