Institucional
Bolsonaro segue despachando com seu “alto comando”
O ex-presidente Jair Bolsonaro tem falado assiduamente com seus antigos assessores militares palacianos, que permanecem na “ativa” em seus aconselhamentos ao capitão. Os contatos são quase todos telefônicos. Há preocupação em evitar registros por e-mail ou WhatsApp – eles sabem, mais do que ninguém, que ambos se tornaram canais de comunicação perigosos. Esse “alto comando privê” é constituído pelos generais Luiz Eduardo Ramos, Braga Neto e Augusto Heleno. Este último é o interlocutor mais frequente e exaltado. As conversas quase sempre giram em torno do risco cada vez maior de prisão de Bolsonaro. Sua eventual condenação pode respingar em todos os assessores mencionados. No fundo, no fundo, são conversas entre generais de pijama e um ex-oficial de patente menor, que foi jogado compulsoriamente na reserva, em 1988, e exatas três décadas depois acabaria virando presidente da República. Passou o tempo em que havia motivos para temer grupos como esse. O Exército brasileiro deu as demonstrações mais consistentes de obediência à Constituição e profissionalismo.
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