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Em meio à pandemia, o governo cogita adiar o reajuste anual dos preços dos medicamentos, a exemplo do que já fez no ano passado. O aumento, a princípio programado para o próximo dia 31 de março, seria postergado por 30 ou até 60 dias. As discussões passam pelos Ministérios da Saúde e da Economia.
A medida seria um alívio, ainda que temporário, para o bolso do brasileiro em um momento dramático, com a disparada dos casos de Covid-19, desemprego na casa dos 14% e uma recessão técnica batendo à porta. Representaria um desafogo também para o próprio Ministério da Saúde. Estima-se que os gastos do governo federal com medicamentos em 2020 tenham passado dos R$ 25 bilhões, quase 20% a mais do que em 2019.
E essa conta tende a subir com o recrudescimento da Covid-19 em um ritmo de contaminação ainda mais feroz. Ressalte-se que os produtos tabelados pelo governo representam 80% dos remédios comercializados no país e 95% das vendas totais. A rigor, não há negociação entre o governo e a indústria farmacêutica: o índice de reajuste dos remédios é definido pela Câmara de Regulação de Medicamentos, vinculada ao Ministério da Saúde.
Ainda assim, o adiamento não é uma medida simples. Os laboratórios pressionam o governo pelo aumento na data prevista, ou seja, até o fim do mês. Alegam que o adiamento do reajuste poderá levar a uma leva de demissões na indústria farmacêutica. O maior peso de custos sobre o setor vem da alta do dólar – grande parte dos insumos farmacêuticos é importada.
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