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Governo
O contrato de autonomia financeira firmado pela Telebras ainda soa como um gesto simbólico, algo para inglês ver. A estatal pode até não receber mais repasses diretos do Tesouro, mas sua receita segue excessivamente indexada a estatais ou órgãos federais, ou seja, ao dinheiro da União. A empresa assinou um contrato de R$ 153 milhões com o Ministério do Trabalho e Emprego para conectar suas agências em todo o país. Fechou também um acordo de R$ 84 milhões com o DNIT para a prestação de serviços de telecomunicações. Some-se a isso o próprio contrato de gestão firmado com o Ministério das Comunicações, que prevê repasses de mais de R$ 500 milhões em cinco anos. A conta é razoavelmente simples. Hoje, a receita anual da Telebras gira em torno de R$ 400 milhões. Para compensar o fim da transferência de recursos do Tesouro, a empresa precisa duplicar esse faturamento até 2030. Para efeito de comparação, nos últimos cinco anos, a estatal só conseguiu elevar suas receitas em 50%.
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