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Michael Klein, dono da ViaVarejo, pretende acionar judicialmente o Pão de Açúcar, ex-controlador da rede varejista. Os advogados da empresa acreditam já dispor de elementos sufi cientes para cobrar uma indenização bilionária por fraudes contábeis. O relatório final da auditoria conduzida por Klein desde o ano passado será entregue apenas na primeira quinzena de fevereiro. No entanto, de acordo com informações filtradas da ViaVarejo, já teria sido apurado um buraco da ordem de R$ 1,3 bilhão. O valor corresponde a mais da metade da cifra paga pelo empresário para recomprar o controle da companhia (R$ 2,3 bilhões).
Procurados, ViaVarejo e Grupo Pão de Açúcar não quiseram se pronunciar. Klein vem preparando o terreno para uma ofensiva nos tribunais. No fim de 2019, a ViaVarejo divulgou ao mercado ter identificado indícios de irregularidades contábeis por suposta “manipulação da provisão trabalhista e pelo diferimento indevido na baixa de ativos e contabilização de passivos”. A auditoria indica que gastos operacionais teriam sido deliberadamente lançados como investimentos, com o objetivo de gerar artificialmente resultados positivos nos balanços.
Michael Klein pode até atirar primeiro nos tribunais, mas também precisará de um escudo para se defender do seguinte questionamento: ele próprio não sabia das eventuais fraudes antes da aquisição do controle da ViaVarejo? Klein não é um forasteiro que caiu de paraquedas na empresa. Era sócio minoritário da companhia durante o período das supostas fraudes e, ao menos em tese, tinha acesso às entranhas da rede varejista.
Certamente, esta contradição será explorada pelo outro lado no iminente contencioso. O fato já foi, inclusive, registrado em comunicado lançado pelo Pão de Açúcar, em dezembro, para se defender das acusações: “A Família Michel Klein e seus veículos de investimento detinham mais de 20% do capital de referida companhia e também elegiam membros para compor todos os órgãos de administração”. Segundo fonte próxima a Klein, o empresário alega que, na condição de minoritário, não tinha acesso à elaboração dos balanços. Vai ser uma briga boa de se assistir.
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