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O Grupo Ultra está prestes a sofrer um duro revés no Cade. Segundo informações filtradas da própria autarquia, o Departamento de Estudos Econômicos do órgão antitruste deverá recomendar a adoção do critério de concentração por estado no julgamento da venda da Liquigás para a Ultragaz. Se os conselheiros acatarem o parecer, são praticamente nulas as chances de aprovação do negócio sem restrições.
Em pelo menos cinco estados brasileiros, a dupla soma mais de 50% de participação no mercado de GLP: Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Neste último, o market share beira os 60%. É exatamente onde o botijão da Ultragaz mais pode “vazar”. O maior receio da companhia é que o Cade, entre outras exigências, determine a venda de parte da operação no maior mercado consumidor do país.
Consultado, o Cade informou que ” não comenta aspectos de mérito sobre operações em análise.” O Ultra não se pronunciou. Os advogados da Ultragaz defendem que o julgamento se dê com base nas vendas por município. Por sua vez, as concorrentes alegam que o Grupo Ultra quer impor um truque de ilusionismo para mascarar a concentração de mercado da nova empresa. Não são poucos os adversários. Os dois mais combativos são a Supergasbrás, leia-se a holandesa SHV, e a Copagaz, do empresário Ueze Zahran.
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