Tag: Governo
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Governança
Eletrobras reforça sua blindagem contra maior presença do governo
5/02/2025
Contencioso
Os próximos passos na negociação entre o governo e a Eletrobras
13/01/2025
Política
Janja vai acumulando “cargos” no governo Lula
19/12/2024O mercado – como disse o RR (https://relatorioreservado.com.br/noticias/mercado-ja-precificou-um-futuro-sem-o-governo-lula/) – não teve o menor prurido em precificar os riscos à saúde de Lula, vide a queda do dólar e dos juros futuros nos dias de UTI. No entanto, o que talvez os agentes financeiros ainda não tenham aquilatado é a apreciação do “fator Janja”. A primeira-dama, que já atuava como chefe informal da Secom, “assumiu” também funções da Secretária Geral da Presidência ou algo equivalente. Janja tem participado ativamente de uma série de decisões de ordem política e administrativa. Sua rotina passou a incluir despachos com ministros e assessores palacianos. Para quem priva da rotina do Planalto, sua ascensão dentro do governo já estava mais do que anunciada. No entanto, a internação de Lula não apenas precipitou como potencializou responsabilidades que possivelmente seriam incorporadas por Janja de forma gradual, diferidas ao longo do tempo. Desde a semana passada, é a primeira-dama quem filtra os assuntos que circulam entre ministros e o presidente.
Aqueles que acompanharam in loco a internação de Lula no Sírio Libanês puderam testemunhar ocasiões em que a ascendência de Janja se pronunciou. Todo o trabalho de divulgação das informações clínicas do petista passou por ela, assim como a aprovação dos conteúdos veículos nos canais oficiais da Presidência nas redes. A primeira-dama também defendeu que Lula deveria conceder um depoimento à imprensa ainda no hospital. Dito e feito. O presidente irrompeu “de surpresa” durante a coletiva de imprensa da equipe médica. Janja participou também dos preparativos para a entrevista exclusiva que Lula concedeu no próprio domingo ao Fantástico, da Rede Globo, além de ter prestado seu depoimento ao programa. Por sinal, a exposição na mídia é um bom termômetro da sua influência no governo. Desde o início do terceiro mandato de Lula, portanto em 1 de janeiro de 2023, Janja soma 23.101 menções nos 80 veículos jornalísticos de maior audiência e alcance no Brasil – segundo pesquisa feita pelo RR com o uso de ferramenta da Knewin, maior empresa de monitoramento das mídias da América Latina. Ou seja: a primeira-dama tem uma 0.

Governo
Haddad faz de tudo para evitar saída de Rogério Ceron do governo
18/09/2024
Política
Governo cata imóveis de Itaipu para engordar Minha Casa, Minha Vida
31/07/2024
Governo
Se Lula não voltar atrás, o governo terá sua távola redonda
26/06/2024O núcleo central do governo está se irmanando para evitar um cataclisma: seu término antes do término. A reunião de ontem entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Miriam Belchior (substituta temporária do ministro Rui Costa) e Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC, sinaliza que Lula cedeu aos apelos de recuar no comportamento do “Je suis la Loi, Je suis l’Etat; l’Etat c’est moi”. A ausência da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, foram circunstanciais, assim como, e principalmente, do próprio Rui Costa. Todos fazem parte dessa Távola Redonda. Os governos do Lula I e Lula II tinham um alto comando e as decisões mais cruciais eram tomadas em reuniões como a realizada ontem, para discutir as decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN). A presença de Gabriel Galípolo no encontro, inclusive, sacramenta seu nome como futuro presidente do BC, e permite antever que as decisões da autoridade monetária serão fortalecidas com o consenso dos ministros chaves do governo e do Presidente da República. De acordo com levantamento em 2.040 veículos de imprensa, produzido a partir de ferramenta da Knewin, maior empresa de monitoramento de dados da América Latina, desde o início de seu mandato até ontem, os ataques de Lula à reputação de Roberto Campos Neto geraram 11.240 menções.
No modelo que se pretende adotar, o BC não seria politizado, mas, ao contrário, suas decisões e o próprio presidente da instituição seriam tonificadas. Lula seria o pivô do consenso. Se a estratégia pode ser olhada como uns revisão de comportamento, buscando mitigar a desconfiança do mercado e as quedas de popularidade e avaliação do governo, elas também responderiam a um componente, digamos assim, de ordem psicológica. Na efeméride das comemorações dos 30 anos do Plano Real, um dos fatores mais salientados foi a unanimidade de Fernando Henrique e os decisions makers do governo nas tomadas e anúncios das principais medidas de governo. Lula, que também foi tirar uma casquinha do Plano Real, com uma visita a FHC, é o contrário do ex-presidente. Lula cria um ambiente de governo versus governo. A dúvida que permanece, contudo, é se ele, bem ao estilo da sua atual versão, não transformará uma estratégia aparentemente correta, em um pastiche, voltando a falar pelos cotovelos contra as decisões tomadas no seu alto comando.

Governo
A falta que o velho Lula faz ao Lula “velho”
24/06/2024
Tecnologia
Telebras pode receber aporte para “concorrer” com Elon Musk
4/06/2024Corre à boca miúda em Brasília que o governo estuda um aporte de capital na Telebras. Fala-se em até R$ 600 milhões, quase o dobro da mais recente injeção de recursos na estatal, de R$ 360 milhões, realizada em 2022, último ano da gestão Bolsonaro. De onde viria o dinheiro talvez nem mesmo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, saiba. Mas a capitalização teria endereço certo: a criação da “InternetBras”, um novo sistema de acesso à internet que ficaria sob responsabilidade da Telebras. Em tese, a causa é nobre: conectar 138 mil escolas públicas de todo o país, sendo 20 mil delas localizadas em áreas remotas do território nacional, sobretudo a Amazônia. Quem também está interessado no projeto é “bolsonarista” Elon Musk. O governo suspendeu conversações que eram mantidas com a Starlink, de Musk, que presta esse tipo de serviço. De toda a forma, Lula não teria muito como fugir do empresário. Para implantar a tal da “InternetBras”, a Telebras terá de alugar satélites. E adivinhem qual é a única empresa do mundo que tem uma rede satelital apropriada para esse tipo de conexão…

Destaque
Governo estuda criação de Conselho Superior do Clima
17/05/2024Na esteira da tragédia humanitária do Rio Grande do Sul, o alto-comando do governo retomou as discussões em torno da criação de um Conselho Superior do Clima. A nomenclatura não é mera força de expressão. O órgão seria superior mesmo e não um outro “Conselhão da vida”, que está mais para peça decorativa. Além do próprio presidente da República, o colegiado incluiria os presidentes da Câmara, do Senado e do STF, assim como os ministros do Meio Ambiente, Fazenda, Casa Civil e TCU. A alta representatividade e o número reduzido de participantes teriam por objetivo fazer o conselho funcionar de verdade, agilizar decisões e criar, com isso, a percepção de que a iniciativa não é mais uma obra de ficção ou uma operação de marketing político.
A inspiração do novo ente seria a do gabinete do ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda, que reunia em uma mesa o vice, secretários de estado, advogados e engenheiros, além de integrante do TCE e outras autoridades transversais aos projetos. Todos somente se levantavam depois de digerir os planos, debatê-los e sair com a aprovação sem arestas e com prazos bem definidos. A medida parece positiva por todos os ângulos: cria um fast track para iniciativas na área ambiental e outras afins que não saem do papel ou ficam restritas a verborragia vazia; seria um case a mais para desfilar na COP30; envolveria frente a frente as autoridades maiores do país (ou do setor), de forma a criar consensos e unanimidades; e, finalmente, faria andar a olhos vistos as decisões de governo que ficam na gaveta dos perdidos – e nunca mais achados – ou entregues ao Deus dará (vide os PACs de Dilma Rousseff).
No pacote, segue junto um bônus para o presidente e um bom motivo para que ele se mexa com mais vigor: o Conselho Superior do Clima seria mais uma tribuna política, combinando a periodicidade mais curta dos eventos e as condições concretas de fazer as ações andarem. Menos blá blá blá, e mais o arregaçar das mangas. A ideia é do “Primeiro Ministro” Rui Costa. Lula gostou, conforme apurou o RR. Mas sabe como é… A trilha sonora do presidente é a música de Martinho da Vila: “É devagar, é devagar, é devagar, é devagar, devagarinho”.

Economia
Não seria o caso de expurgar a catástrofe climática da inflação?
16/05/2024O dinheiro gasto na recuperação do Rio Grande do Sul já deixou de ser um problema fiscal, pelo menos de ordem contábil. Assim como os gastos extraordinários com a tragédia climática serão aparteados do cálculo da meta fiscal, outras flexibilizações similares povoam discussões no governo. Uma medida igualmente compreensível para a circunstância seria expurgar da inflação os efeitos da catástrofe. Trata-se de uma situação absolutamente extraordinária e como tal deveria ser tratada, para conter um efeito cascata negativo sobre reajustes indexados à inflação. O IPCA deságua diretamente no salário mínimo, na Previdência e nos contratos de aluguel, por exemplo. Há ainda a hipótese do Ministério da Fazenda aumentar os subsídios para além dos já definidos em relação à cesta básica. A queda da inflação no mês passado foi anterior à catástrofe no Rio Grande do Sul. Portanto, não leva em consideração as consequências do cataclismo no choque de oferta – que deverá forçar a uma importação de alimentos ainda não planejada – e redução expressiva dos itens produzidos pela indústria gaúcha. Há ainda o fator percepção da população, que impacta diretamente na visão sobre a alta de preços. É como se os preços até caíssem em função das medidas emergenciais do governo, e os consumidores, influenciados pelo cenário, não reconhecessem a queda.
Essa é uma variável que não pode ser desprezada de forma alguma. A percepção é algo fundamental. Ela rivaliza com a própria realidade, vide a mais recente pesquisa da Quaest. Na amostragem consultada, 43% disseram acreditar que a taxa de desemprego subiu, o que, sabe-se bem, não é verdade – pelo contrário, o emprego subiu razoavelmente. Mas vai dizer a essas pessoas que elas estão erradas. Bem, é uma outra volta no parafuso. Vai e vem, voltamos à questão da comunicação do governo. Se ela não for indutiva e bem-feita, estão dadas as condições para a oposição incendiar as redes sociais.

Especial
Lula é o grande responsável pela disfuncionalidade do seu governo
30/04/2024Lula pode muita coisa, mas não o que mais gostaria de fazer nesse momento: uma “Constituinte fiscal”. O presidente chegou a soltar um balão de ensaio nessa direção, propondo um Pacto entre os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, quase um preâmbulo para um sonho almejado e não dito. Foi ignorado. Aliás, recebeu um recado de pouco entusiasmo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, insinuando não ver, por ora, condições de aderência a essa ideia. Sem uma medida que carregue uma ampla reforma fiscal, e por tabela creditícia, para o debate constitucional, Lula experimentará a sua mais graúda concordata na gestão do governo. O presidente está velho, com sinais de fadiga. Não consegue fazer política como nos bons tempos. Há uma sensação de que sua empatia junto ao povo está em franco processo de erosão.
O governo é conduzido hoje por um político conciliador com o mérito de entendimento fácil dos problemas, Fernando Haddad; por uma herança da gestão Bolsonaro, Roberto Campos Neto; e pela cônjuge presidencial, Janja, que assumiu uma função estranha às tradicionais divisões de tarefa do Palácio do Planalto – lê e faz observações sobre os relatórios da Abin, coordena as redes sociais de Lula e os influencers de esquerda e dá pitacos na área de inteligência do governo. Sobram algumas tarefas, ainda que tímidas, para o vice-presidente Geraldo Alckmin, de articulação política e representação junto ao empresariado. E acabou: fora os citados, não há mais ninguém para ajudar a carregar o governo nas costas.
Lula atira, meio que entontecido, para todos os lados. Tenta resgatar o presidencialismo de coalizão, mas as bancadas oposicionistas se tornaram demasiadamente hegemônicas. O presidente da República está queimando sua reserva de prebendas para os políticos, e o Congresso, além de impositivo, descobriu uma equação que lhe é favorável: quanto menos colabora mais ganha. A pedra maior no meio do caminho é que o Executivo está fraco. A tentativa de compensar a ditadura do Congresso vem pelo judicialismo de coalizão. Em alguns casos, o expediente tem ajudado mais a conter a sanha do Parlamento, aprovando liminares e suspendendo medidas legislativas já aprovadas. Mas não falta quem diga que a estratégia mais divide os Poderes do que facilita a gestão.
De janeiro de 2023 até ontem, segundo levantamento realizado pelo RR por meio de ferramentas de busca e de Inteligência Artificial, a palavra “fiscal” apareceu 1.723.200 vezes na mídia citada por integrantes do governo – praticamente todas de forma deletéria. Um dado chama ainda mais atenção: no ano passado, a média mensal girou em torno de 92 mil menções. Nos quatro primeiros meses deste ano, essa média saltou para algo próximo de 154 mil citações. Significa dizer que, a cada dia de 2024, há 5.133 registros na imprensa de membros da gestão Lula associados ao termo “fiscal”. Ou seja: a impotência do governo banalizou o tema. Haddad, quem fala por Lula sobre os assuntos econômicos, mais parece o menino da fábula do dique, que mal conseguia tampar um buraco com o dedo e ao lado já se abria outra fenda imediatamente. Haddad atribui grande parte desses vazamentos na represa a uma herança da disfuncionalidade do Estado, legado incremental de Bolsonaro. Mas, nas internas, confessa que o governo é um Exército de Brancaleone, e Lula não é o mesmo.
Por enquanto, parece fora do mapa que a questão fiscal ache um rumo através do Legislativo. As medidas que sustentariam as metas fiscais são vetadas ou postergadas no Congresso, que exige compensações anuladoras da proposição original. Ficam no limbo das discussões intermináveis medidas como o fim das desonerações dos 17 setores – uma espécie de CPMF reversa, que veio para ser temporária e foi se esticando no tempo. O imposto seletivo, que deveria ser amplo o suficiente para a redução da alíquota integral, ficou anêmico e se tornou retórico, quando o governo diz que ele não foi criado para o aumento da arrecadação – mentira -, mas, sim, para desestimular o uso de determinados produtos. No final, foi parar na seara dos estados, que deverão arrecadar mais e tornar sua regulamentação em insumo para uma guerra fiscal. A ideia do cashback, que a princípio parecia um ovo de Colombo, poderá criar uma enorme confusão, tendo em vista que não haverá simetria na regulamentação de coisa nenhuma, já que as leis ficarão por conta das unidades federativas. O cashback de Roraima não será o mesmo do Rio Grande do Sul.
Mas há muitos mais cacos de vidro para andar com os pés descalços. A desindexação das despesas obrigatórias do orçamento está onde sempre esteve: no balaio das medidas politicamente impossíveis. O orçamento está todo amarrado e os recursos alocados para os gastos discricionários são mínimos. O governo, mesmo que escrevesse uma nova Carta ao Povo Brasileiro dizendo que agora iria cortar os gastos públicos, seria desacreditado, devido ao empoderamento dos lobbies que dominam estruturalmente as alocações orçamentárias. Lula já não consegue credibilidade no seu arcabouço fiscal, porque não corta nada, um benefício, um incentivo, uma facilidade aos apaniguados desonerados. A anomia descumpre, inclusive, o compromisso distributivista de campanha. Verdade seja dita que mais gastos estão sendo realizados junto à população mais pobre. Mas o dinheiro à larga e barato do baronato prossegue carimbado.
Digamos que, no melhor dos mundos, Lula conseguisse a adesão para o seu “Pacto de Moncloa tupiniquim”. Os resultados ficariam para as calendas, pois 2024 é um ano interditado devido às eleições municipais; e 2025 já é um calendário de antecipação da eleição presidencial. No meio Copa de Mundo, e os cada vez mais prolongados Carnavais. Organizar uma Constituinte, ainda que temática, nesse ambiente complexo e confuso é uma missão irrealista e ficcional. O fato é que Lula não tem forças para se impor frente às oligarquias e se ressente de uma bancada pequena no Congresso, que não raro joga contra o próprio governo. E o apoio do povo? O povo de Lula tem o mesmo número do de Bolsonaro. O presidente é obrigado a pedir benção toda hora ao Judiciário, perdeu a batalha com o mercado e assiste, viajando pelo mundo, ao arcabouço fiscal se liquefazendo. E, mesmo mantendo a celebrada intuição política, está nitidamente sem energia para enfrentar a maior crise fiscal da República, pelo menos no nível da percepção pública. Até o maior dos neófitos no termo ajuste fiscal levanta a bandeira da morte precoce do governo Lula, se o bordão das contas públicas se anatematizar ainda mais. Restaria um abraço definitivo no populismo. Ou virar marionete do Congresso. Lula só não topa a segunda. Por ora, mesmo com centralidade do fiscal, os números da economia, pelo menos na epiderme, caminham mais para o razoável do que para o sofrível. O presidente está sentado em uma pedra de gelo. E a sua onírica “constituinte monotemática” virou carvão de churrasco.
Política externa
Brasil e Bolívia avançam em discussões na área de fertilizantes
8/12/2023Informação que circulava ontem, em petit comité, no Ministério de Minas e Energia: o governo da Bolívia e a diretoria da estatal YPFB deverão enviar ainda neste ano um esboço de proposta de parceria com a Petrobras na produção de fertilizantes. No mês passado, executivos da companhia brasileira estiveram no país vizinho para tratar do assunto.