Política

Sindicalistas param no gabinete de Haddad e Alckmin

  • 10/03/2023
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Segundo o RR apurou, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, deverão ter, nos próximos dias, encontros com lideranças sindicais. Há reuniões engatilhadas com os presidentes da Força Sindical, Miguel Torres, e da CUT, Sergio Nobre. A presença de Alckmin se justifica pela pauta principal das conversas: os sindicalistas vão encaminhar propostas na tentativa de acelerar a geração de emprego, o que passa pelo aumento dos postos de trabalho na indústria. No entanto, sua importância vai além dos temas tratados. Durante a campanha eleitoral, o ex-tucano teve um papel relevante na interlocução com o movimento sindical, aproximando-se dos principais dirigentes do setor. No entorno do governo, há quem diga que essa relação tem um pé em 2026. Alckmin não quer ser identificado apenas com as questões e pleitos do empresariado.  

Em tempo: as conversas de Haddad e Alckmin com os representantes da classe trabalhadora chamam atenção também pelo timing. Ocorrerão às vésperas dos protestos convocados pelas centrais sindicais para o próximo dia 21 de março. As entidades prometem manifestações contra os juros altos não apenas em frente à sede do Banco Central em Brasília, mas também em todas as demais cidades que tiverem representações da instituição. Um assessor próximo a Alckmin arrisca que todo esse fuzuê vai bater na porta do presidente do BC, Roberto Campos Netto, a quem é atribuída a responsabilidade dos juros altos e por zelar pelo pleno emprego. Todos os movimentos emanados do PT acabam desaguando também em pressão pela saída de Campos Neto.

#Fernando Haddad #Geraldo Alckmin #PT

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