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Por que Sicupira foi o mais castigado entre os sócios da Americanas?

  • 28/11/2023
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Um operador contumaz do trio de acionistas de referência da Americanas considera um enigma que a maior responsabilidade pelo assalto contábil na empresa tenha sido depositada sobre as costas de Carlos Alberto Sicupira. Sobrou para Sicupira capitalizar a companhia com R$ 6 bilhões, mesmo valor que será dividido por Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles. Hipóteses existem aos quilos: “Beto” era do Conselho, o principal entusiasta da empresa; ele não foi capaz de segurar a língua de Sérgio Rial por um pouco mais de tempo; ou até mesmo que a “punição” é uma forma de manter intacta a fama de acertadores dos demais integrantes da trinca. Parece tudo pouco verossímil. Primeiro, porque o dinheiro dos Lemann Brothers se mistura em várias operações; a grana é cheia de capilaridades. Por isso, se fosse o caso de imputar um “castigo” maior a Sicupira, isso poderia ter sido feito sem estorricar o sócio e sem dar visibilidade à partilha. Segundo, porque o histórico do trio é exatamente o contrário, como demonstram os episódios do Banco Garantia (à época de grande repercussão) e Kraft Heinz. Como esse pessoal não dá ponto sem nó, tem alguma coisa mal explicada. Que os favorece, é claro.

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