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Lula veste novamente o figurino de grande estadista da América Latina

  • 1/11/2022
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Lula pretende assumir um protagonismo internacional mesmo antes da sua posse. Os assessores do petista para a área de política externa, à frente o ex-chanceler Celso Amorim, já discutem alguns movimentos mais agudos neste sentido. Uma das ideias que ganha corpo é a possibilidade de um encontro com o presidente russo Vladmir Putin. De volta à posição de principal liderança da América Latina, Lula buscaria, desde já, um papel relevante em eventuais tratativas internacionais em torno da guerra com a Ucrânia.

Seria uma agenda de estadista, com forte caráter humanitário. Não custa lembrar que, em agosto, o petista declarou que os demais membros dos Brics deveriam atuar em uma solução para o fim dos conflitos entre os dois países. Ressalte-se que, ontem mesmo, tanto Putin quanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, parabenizaram publicamente o petista pela sua vitória nas eleições. A reunião com Vladimir Putin seria o ponto de partida de uma série de agendas internacionais, em que Lula se apresentaria como um emissário da paz e do distensionamento.

Ou seja: de alguma maneira, o presidente eleito replicaria para o mundo a imagem de um conciliador, a exemplo do que tem sido a sua postura para dentro do próprio país – vide seu primeiro discurso após a vitória nas eleições, na noite do último domingo. O eventual encontro com Vladimir Putin reforçaria também a mensagem de que o governo Lula vai dar atenção especial aos BRICs em sua política externa. É mais do que esperado que o Brasil apoie a entrada da Argentina no bloco. Em setembro, o presidente Alberto Fernández – com quem Lula encontrou-se ontem, apenas um dia após a sua vitória nas eleições – enviou ao presidente da China, Xi Jinping, um pedido formal de ingresso no grupo dos países emergentes.

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