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Política externa
De primeira: segundo uma fonte do Itamaraty, no recente encontro com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante a reunião de cúpula do G7, Lula comprometeu-se a fazer uma visita oficial ao país no segundo semestre. A agenda da viagem vai girar em torno da retomada do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul, o Ibas. Para Lula, é quase uma questão autoral em meio à política externa brasileira. O petista teve protagonismo nas tratativas que levaram à criação do Ibas, em 2003, exatamente no início de seu primeiro mandato. Formalmente, o Fórum de Diálogo nunca deixou de existir. Mas foi quase que totalmente abandonado no governo Bolsonaro. Em março, durante conversa telefônica com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, Lula tratou também da revitalização do bloco trilateral.
Em tempo: neste momento, nenhuma outra empresa brasileira tem mais a ganhar com a aproximação entre Lula e o governo de Narendra Modi do que a Embraer. A companhia está em avançadas tratativas com as Forças Armadas indianas para o fornecimento de um lote de até 80 cargueiros militares KC-390. Para além desse acordo comercial, a Embraer tem interesses ainda maiores na Índia: o projeto de instalar uma fábrica de aviões regionais no país, ao lado de investidores locais.
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