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O retorno de Michael Klein ao varejo pode ter como pano de fundo a criação da maior rede de eletroeletrônicos do país, com três grandes bandeiras fincadas no mesmo solo. Além da aguardada reaquisição da ViaVarejo, o outro vértice desse triângulo seria a Máquina de Vendas. Ao menos no que depender do pool de bancos credores, entre eles Itaú e Santander, que está prestes a assumir o controle da rede varejista em troca de uma dívida de R$ 1 bilhão.
Segundo fonte de uma das instituições financeiras, a operação desenhada pelos bancos, virtuais acionistas da Máquina de Vendas, passaria pela associação de Klein à empresa. A Máquina de Vendas não fala sobre o assunto. Já Michael Klein garante não ter sido procurado pelos bancos e lembra que “tem um acordo de não competir com a ViaVarejo enquanto estiver no seu Conselho”. É verdade.
No entanto, essa restrição automaticamente cairia por terra se Klein vier a recomprar a ViaVarejo, hipótese que ele não nega. Neste caso, o caminho estaria aberto para o empresário ter um pé lá e outro cá e ser o elo entre os dois grupos varejistas, inclusive com o apoio financeiro dos bancos credores da Máquina de Vendas. Esta solda societária resultaria em um grupo com faturamento de mais de R$ 26 bilhões e quase duas mil lojas sob as marcas Casas Bahia, Ponto Frio e Ricardo Eletro. No curto e médio prazo, ao que tudo indica, um bom negócio; a longo prazo, um ponto de interrogação.
O desafio de Klein seria rentabilizar esse mundaréu de lojas no momento em que o varejo físico vai encurvando, perdendo musculatura e sendo canibalizado pelo e-commerce. Os bancos credores da Máquina da Vendas teriam participação em um negócio de proporção muito maior e valorizariam o seu passe para o momento de deixar o negócio. Klein, por sua vez, teria um retorno triunfal ao setor, comandando um negócio três a quatro vezes maior do que a Casas Bahia. E os atuais acionistas da Máquina de Vendas? Ricardo Nunes e Luis Carlos Batista seriam meros coadjuvantes, com uma participação minoritária e à margem da administração – uma “sanção” natural para quem, tudo indica, está entregando a alma aos bancos para evitar um destino ainda pior.
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