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O anúncio da presidente Dilma Rousseff de que pretende adotar um teto para as despesas do Orçamento Federal e flexibilizar as metas fiscais vai ser debitado na conta do brutal déficit primário de 2016. Com a antecipação do modelo, que não está sequer construído, o governo mata dois coelhos com uma única cajadada: encontra uma saída diversionista e novidadeira para reduzir o impacto do assustador resultado negativo das contas públicas e coloca em ordem os seus balizadores fiscais. Ou seja, lá em novembro e dezembro, quando os números confirmarem a tragédia, o governo federal poderá dizer que esse é um assunto ultrapassado e já está receitado o remédio para a enfermidade. Vá lá que haja oportunismo, mas ideias centrais são boas. E agora, devidamente divulgadas, permitirão ao governo despirse da ridícula fantasia de perseguidor de um superávit primário de 0,5% do PIB. Não é só o mercado, mas também aqueles de boa-fé, todos sabem que 2016 não escapa de um déficit primário entre 2% e 3% do PIB. Para 2017, já estaria reservado um saldo negativo de, pelo menos, 1% do PIB. Com a geração do fato novo, dá para aceitar a realidade com menor constrangimento.
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