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Fraude da Americanas coloca sob suspeição todo o comércio eletrônico

  • 4/07/2024
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É que a força tarefa de Curitiba foi desbaratada e o próprio Lula fará tudo para que não se repita uma operação congênere à Lava Jato. Mas já existem mais do que indícios para que a Polícia Federal iniciasse uma “Lava Prateleira”. Os documentos contábeis da Americanas levam a diversos fornecedores. Segundo o Valor Econômico, na edição de ontem, estão sob suspeição, para se dizer o mínimo, fornecedores dos mais diversos tipos de produtos, de canetas a pastas de dente. Se a cadeia da felicidade da contabilidade de mentira se limitasse à indústria já seria péssimo, mas ela pode se estender até os demais operadores de e-commerce. A priori, não se pode sequer estimar o número de empresas de comércio eletrônico que use desse artifício contábil fraudulento.

 

 

O volume de estabelecimentos do “varejo internético” é quase impossível de ser investigado. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), divulgados em maio de 2024, em 2022 já existiam 565.300 sites de comércio eletrônico no Brasil. Há várias plataformas do mesmo dono, o que também, caso a Lei valesse para todos, seria necessário investigar nessa “Lava Prateleira”. O negócio é tão doido que se até mesmo fossem chamadas as “big five” das auditoras (PwC, KPMG, Deloitte etc), com seus escritórios mundiais, seria difícil desatar esse emaranhado de fraudes potenciais. E, mesmo assim, a operação fantasiosa teria de ser feita com um pé atrás em relação às auditorias.

 

 

 

A PwC, conforme é mais do que sabido, não identificou a mutreta do risco sacado nas Americanas. O fato é que as malandragens da empresa de Jorge Paulo Lehman, Beto Sicupira e Marcel Telles fez um mal inominável ao país: criaram a economia da suspeição. O RR entrou em contato com a Abcomm e a Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e net), entidades representativas do e-commerce, mas ambas não se pronunciaram até o fechamento desta matéria.

#Lava Jato #Lojas Americanas #Lula

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