Arquivos dívida - Relatório Reservado

Tag: dívida

Empresa

Multiplan avalia venda de ativos para reduzir nível de alavancagem

16/05/2025
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Vender ativos sempre foi um fator de incômodo para o empresário José Isaac Peres, mais conhecido por acumular do que por se livrar de suas propriedades comerciais. Mas, em alguns momentos, não há outra saída. Os executivos da Multiplan discutem internamente a necessidade de negociar terrenos ou mesmo novas participações em shoppings como forma de reduzir o nível de alavancagem da companhia. No fim do ano passado, não custa lembrar, a companhia se desfez de 25% do Jundiaí Shopping. Não foi o suficiente para afrouxar o nó do endividamento. Ao menos não no padrão histórico da Multiplan, que sempre prezou por uma gestão conservadora do seu caixa. Atualmente, a relação dívida líquida/Ebitda é de aproximadamente 2,2 vezes. Há pouco mais de um, no balanço de dezembro de 2023, essa relação era de apenas 1,38 vez. A venda de ativos surge como a forma mais rápida de abater o passivo. Ao menos, a Multiplan tem lastro societário de sobra. A participação acionária média nos shoppings que compõem seu portfólio é de 80,7%. Procurada pelo RR, a empresa não retornou até o fechamento desta matéria.

#dívida #Multiplan #shopping

Agronegócio

Grupo Safras negocia transferência de ativos a credores

23/04/2025
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O Grupo Safras, dos empresários Dilceu Rossatto e Pedro Moraes Filho, estaria negociando com bancos credores a transferência de propriedades industriais em troca do abatimento de uma parte de sua dívida. Corre no setor que um dos ativos já colocados sobre a mesa é a usina de etanol de milho de Sorriso (MS). O grupo, um grande conglomerado agroindustrial, com negócios nas áreas de originação, estocagem e esmagamento de grãos e bioenergia, engrossou a lista de empresas em dificuldades financeiras no agronegócio no Brasil. O Safras entrou recentemente em recuperação judicial com um passivo de R$ 1,78 bilhão. A negociação com os credores promete ser complexa. Um dos principais financiadores da empresa é a paraense Flowinvest, que tem a receber mais de R$ 300 milhões em um FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios). Entre os maiores credores estão também o Banco do Brasil e a Caixa.

#dívida #Grupo Safras

Política

Ruralistas pressionam governo por um refresco para dívidas do agronegócio

6/01/2025
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A bancada ruralista – sempre ela – colocou seus soldados na porta dos ministros Fernando Haddad e Carlos Fávaro na tentativa de arrancar um waiver do Banco do Brasil e da Caixa Econômica a dívidas do agronegócio. Nos últimos 12 meses, o índice de inadimplência na carteira rural do BB mais do que duplicou, passando de 0,71% para 1,9%. No caso da Caixa, a estressada é ainda mais aguda: no terceiro trimestre, os contratos com atraso de mais de 90 dias saíram de 0,75% para 3,3% na comparação com igual período em 2023. A maior parte das dívidas vem de grandes agricultores, notadamente produtores de soja do Centro-Oeste. O timing da pressão da bancada ruralista é péssimo para o governo. Há um pacote fiscal por aprovar no Congresso. E sem o apoio da Frente Parlamentar da Agricultura não se vota nem moção honrosa em plenário. 

#Agronegócio #Bancada Ruralista #dívida

Empresa

A peça que falta na repactuação do passivo da Sequoia

2/12/2024
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No cargo há menos de um mês, o novo CEO da Sequoia, Alexandre Rodrigues, tem uma batata quente nas mãos. Rodrigues assumiu com a missão prioritária de negociar um acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para a renegociação do passivo tributário da empresa de logística. O valor inscrito na dívida ativa da União gira em torno de R$ 150 milhões. Além disso, há outros R$ 230 milhões em débitos abertos junto à Receita Federal. As conversas com a PGFN se arrastam há quase um ano. É a última – e, até o momento, mais complicada – etapa do processo de recuperação extrajudicial da Sequoia.

A companhia, ressalte-se, já contabiliza avanços importantes. Conseguiu repactuar R$ 750 milhões em dívidas financeiras, com bancos e detentores de debêntures. E mais recentemente fechou a renegociação de R$ 295 milhões em passivos não-financeiros, notadamente com fornecedores. Ou seja: os credores deram seu voto de confiança na reestruturação da empresa. Agora, é olhar para a frente. O êxito nas tratativas com a PGFN é fundamental para definir os rumos da gestão de Alexandre Rodrigues. Com o acordo, o cenário será um; sem o acordo, outro bem diferente, talvez com demissões e cortes de investimento. Em contato com o RR, a Sequoia confirmou que ela e sua controlada Transportadora Americana “solicitaram à PGFN o benefício previsto na Portaria 6.757/2022”. Ainda segundo a companhia de logística, “caso a administração finalize rapidamente as negociações com a PGFN, as empresas terão a retomada da sua capacidade de geração de valor.”

 

#dívida #logística #Sequoia

Empresa

Leader Magazine sob nova direção e velhos problemas

14/06/2024
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A mudança no controle da Leader Magazine – a segunda em apenas um ano – está longe de dissipar as incertezas sobre a própria sobrevivência da empresa. O que se diz no varejo é que, um mês após a aquisição, os novos acionistas, Renato Heringer e Marcio Lima, ainda não teriam mantido contato nem com fornecedores nem com os bancos. Ou seja: os credores seguem no escuro. A empresa também não está cumprindo os acordos trabalhistas – conforme noticiou o G1 no último dia 28 de abril. Em recuperação judicial, com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, a Leader tem apenas 16 lojas em funcionamento na regão metropolitana do Rio, seis delas na capital. No auge, a rede varejista chegou a ter mais de 100 pontos de venda. O RR tentou contato com a Leader, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

#acordos trabalhistas #dívida #Leader Magazine

Empresa

Varejo já enxerga o controle da Polishop sobre o balcão

22/05/2024
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Pode ser, pode não ser, mas há um disse-me-disse no varejo que, paralelamente ao processo de recuperação judicial, o empresário João Apolinário busca um comprador para a Polishop. Existem relatos de que a companhia já teria sido oferecida a fundos de investimento e empresas do setor, como a Fast Shop. A Polishop entrou com o pedido de recuperação judicial na semana passada, pressionada por uma dívida de R$ 400 milhões. A erosão já vem faz algum tempo. Há dois anos, a empresa somava 250 lojas. Hoje, tem pouco menos da metade (120). Consultada, a Polishop não se manifestou.

#dívida #Fast Shop #Polishop

Destaque

Fazenda e BC discutem mudança no cálculo da dívida pública

8/01/2024
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O Ministério da Fazenda e o próprio Banco Central, tradicionalmente mais resistente à mudança do conceito, estão trabalhando para alterar a referência maior da relação dívida bruta/PIB por dívida líquida/PIB. O melhor medidor do passivo, do ponto de vista técnico, é uma discussão eterna. Trata-se de uma opção do condutor das políticas econômicas do governo  já que o mundo usa os dois critérios , e nem o FMI nem o BIS, que adotam a dívida bruta/PIB, consideram que as nossas contas foram postas em algum liquidificador, misturando os ativos do BC e do Tesouro Nacional. Mas por uma questão um tanto quanto óbvia, a dívida líquida aparenta ser o critério mais correto, pois incorpora as reservas cambiais. No critério da dívida bruta, é como se as reservas não existissem. Ou seja: se o país enriquece com as vendas do comércio exterior, do ponto de vista da dívida bruta, ele continua piorando. Ainda mais se o crescimento dos juros for acima da expansão do PIB – caso brasileiro a perder de vista.  

As autoridades do governo pretendem, portanto, mudar a comunicação formal dos dados. Trata-se quase de um trabalho de alterar hábitos linguísticos, porque ambos os indicadores servem para a medição da qualidade fiscal do país. A diferença é que a relação dívida bruta/PIB, por ignorar o ativo cambial do governo, assim como outros ativos menores junto ao sistema bancário, joga o indicador lá para cima, permitindo a manipulação sobre a política fiscal. Assim, o problema da dívida bruta/PIB se torna quase eterno, porque, para alterá-lo significativamente, seria preciso um Brasil com juros bem baixos, PIB bem alto e um superavit primário permanente. No mercado financeiro, essa atrofia é usada permanentemente para piorar o quadro das contas públicas. É o grupo que vê uma insolvência potencial permanente do Brasil. A medição do Prisma Fiscal – espécie de Boletim Focus alternativo do Ministério da Fazenda – vai ter que mudar. O Instituto Financeiro Independente (IFI) – órgão do Congresso Nacional – também alterará a relevância do indicador. 

O mercado, curiosamente, leia-se Boletim Focus, já usa o conceito de dívida líquida/PIB. Pois bem, há dois Brasis conforme a forma de avaliação das contas públicas. Há o Brasil da dívida líquida, cujo passivo estaria sobre um controle maior e nós teríamos um maior alinhamento com o mundo. De acordo com o Focus da última terça-feira, a projeção para a dívida líquida do setor público passou de 61,20% para 61,05% do PIB em 2023, enquanto a de 2024 foi de para 64,50% para 64,45% do PIB. Nos anos subsequentes, ela permanece praticamente estável, porque o governo leva em consideração avanços modestos na área fiscal, um aumento de reservas bastante tímido e um PIB na faixa de 3%. 

Já a dívida bruta do governo geral subiu para 73,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em novembro de 2023, alcançando R$ 8 trilhões. Em comparação ao mês anterior, houve um aumento de 0,1 p.p., quando atingiu 73,7%. Já é um indicador mais alarmante. A dívida bruta do governo geral inclui a União, Previdência e governos estaduais e municipais. Algumas instituições mais desinibidas, a exemplo do IFI, chegaram a prever uma dívida bruta da ordem de 100% do PIB antes de 2026. O fato é que toda a contabilidade deveria, pelo menos em tese, levar em consideração ativos e passivos. No Brasil não é bem assim.

#Banco Central #dívida #Ministério da Fazenda #PIB

Empresa

Redução de alavancagem vira prioridade na CSN

12/12/2023
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A área financeira da CSN está cortando um dobrado para reduzir o nível de alavancagem da companhia. De um lado, negocia com bancos credores uma repactuação dos prazos; do outro, tem feito estudos para uma emissão de títulos, com o objetivo de alongar o perfil da dívida. Ainda assim, mesmo que os executivos trabalhem a toque de caixa, o tempo está apertado para Benjamin Steinbruch cumprir a meta alardeada ao mercado. Em agosto, o “Barão do Aço” afirmou que o objetivo da CSN era fechar 2023 com uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,95 vezes. No entanto, esse índice ainda está em 2,6 vezes. Para efeito de comparação, há exatamente 12 meses a relação dívida líquida/Ebitda da CSN era quase um ponto inferior (1,7). Consultada pelo RR, a empresa não se manifestou.

#Barão do Aço #CSN #dívida

Empresa

Um dia chave na recuperação judicial do Grupo João Santos

8/12/2023
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O RR apurou que o Grupo João Santos – no passado uma das maiores cimenteiras do Nordeste – tem até o fim do dia de hoje para pagar a primeira parcela do acordo judicial de renegociação da sua dívida com a União. O valor da fatura é de R$ 230 milhões. Há uma tensão entre os credores da companhia em relação ao pagamento ou não do valor. Caso não cumpra o prazo, a renegociação firmada com a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) é automaticamente anulada. E a dívida, que caiu para R$ 4 bilhões, voltaria à casa dos R$ 11 bilhões. Com esse passivo, a recuperação da empresa e o pagamento dos demais credores se torna uma tarefa de outro mundo. Na paralela, o Grupo João Santos tenta reativar a fábrica da controlada Cimentos Nassau na cidade de Codó (MA). Dali não sai um grânulo de cimento há cerca de sete anos. Procurada, a companhia não se manifestou até o fechamento desta matéria.

#cimenteiras #dívida #Grupo João Santos #Nordeste

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