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O ministro Paulo Guedes o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, enfrentam um problema “monetário”: está faltando dinheiro para produzir dinheiro. Os cortes no orçamento da Casa da Moeda têm inviabilizado a produção de um novo lote de cédulas de Real. O custo estimado para a impressão de algo como um bilhão de unidades é da ordem de R$ 1,5 bilhão, quase três vezes a dotação da estatal para este ano. Uma saída seria o exterior, mas também não há orçamento disponível para a contratação de empresas internacionais – desde 2016, por meio de uma MP assinada por Michel Temer, o Banco Central está autorizado a “importar” dinheiro. Procurada, a Casa da Moeda informa que “até o presente momento, o BC não a contratou” para a produção da nova leva de cédulas. Perguntada especificamente sobre o custo da impressão e suas restrições de orçamento, não se pronunciou. No fim do ano passado, a Comissão Mista de Orçamento aprovou um crédito especial para a estatal da ordem de R$ 350 milhões, mas a maior parte dos recursos foi tragada para cobrir prejuízos da empresa. A questão ganha ainda mais relevo devido à pressão das próprias instituições financeiras. As cédulas antigas entopem e danificam caixas eletrônicos. Dos mais de seis bilhões de notas em circulação no país, ainda há cerca de 160 milhões da primeira família do real, impressa há 25 anos.
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