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Há um razoável nível de tensão nas tratativas entre o governo do Rio Grande do Sul e Equatorial Energia, controladora da CEEE. Segundo o RR apurou, o governador Eduardo Leite está exigindo que a companhia apresente, em caráter emergencial, um novo plano de investimentos na distribuidora gaúcha. As conversas têm como pano de fundo a possibilidade de medidas mais duras contra a empresa, no limite incluindo até mesmo uma requisição à Aneel para a cassação da sua licença.
As cobranças do governo gaúcho são decorrentes das interrupções no fornecimento de energia no estado. As seguidas falhas colocaram a Equatorial na berlinda, com pressões vindas de diferentes esferas do Poder Público. Há pouco mais de duas semanas, o próprio diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, foi a Porto Alegre para discutir o problema com representantes da CEEE e autoridades locais.
Na Assembleia gaúcha, os deputados estaduais articulam a criação de uma CPI para investigar a CEEE e também a RGE, outra distribuidora que atua no estado – esta última controlada pela CPFL.
Em contato com o RR, a Equatorial informou que “desde a sua chegada, em julho de 2021, vem realizando um conjunto de obras e investimentos estruturantes no sistema elétrico do Rio Grande do Sul, com o objetivo de trazer maior robustez e qualidade dos serviços prestados à população. Ao assumir o controle da CEEE, o Grupo Equatorial diz ter se deparado “com mais de 70% das subestações em situação de sobrecarga, mais de 570 mil postes de madeira em final de vida útil, por exemplo.” A companhia afirma ainda que “prezando pela transparência, vem mantendo uma agenda aberta ao diálogo com as autoridades, a fim de continuar avançando na melhoria da prestação de serviços no Rio Grande do Sul, fazendo isso cada vez mais rápido e com mais qualidade.”
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