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O programa de privatizações do governo Michel Temer atira em todas as direções. A nova proposta sobre a mesa prevê a fusão do Serpro e da Dataprev, a criação de uma grande estatal da área de TI e a posterior venda do controle da companhia. Segundo o RR apurou, o Ministério da Fazenda já teria iniciado os estudos para a associação das duas empresas. Não custa lembrar que ambas já estão sob o mesmo guarda-chuva: ao encampar a Previdência Social, a Pasta de Henrique Meirelles herdou também a Dataprev. O governo parte da premissa de que a privatização só é viável neste modelo, com a fusão entre as estatais. Isoladamente, Serpro e Dataprev são vistas como operações pouco atrativas para a iniciativa privada, em razão da limitada escala e da atuação restrita a órgãos públicos. A associação e a consequente montagem de uma estrutura integrada permitiriam a captura das sinergias operacionais e tecnológicas entre as duas estatais. Um exemplo: até o momento, não há qualquer iniciativa concreta do governo para a integração dos dados do Serpro e da Dataprev nas nuvens. Além dos ganhos de escala, haveria outras iscas para os investidores. Mesmo após a privatização, a nova empresa teria a garantia de manutenção dos atuais contratos para o processamento de dados de todos os órgãos da União. Permaneceria também com a gestão e pagamento dos mais de 32 milhões de benefícios da Previdência Social, serviço que responde por mais da metade da receita da Dataprev. Outro ponto importante: a nova empresa teria também caminho aberto para oferecer serviços de TI à iniciativa privada. A fusão entre o Serpro e a Dataprev chegou a ser aventada tanto na era Lula quanto na gestão de Dilma Rousseff, mas a ideia nunca passou de um balão de ensaio solto nos céus de Brasília. Desta vez, a associação não é um fim em si, mas um meio de viabilizar a privatização das duas estatais de TI. Esta nova companhia chegaria ao balcão com uma carteira de contratos combinada da ordem de R$ 3,2 bilhões por ano. No entanto, as duas empresas carregam desempenhos bem distintos. A Dataprev é uma estatal superavitária: em 2015, teve lucro de R$ 210 milhões. Já o Serpro vem de um ano sofrível. No último exercício, amargou um prejuízo superior a R$ 355 milhões.
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