Infraestrutura
Brasil negocia com países vizinhos mudanças nas regras da Hidrovia Paraguai-Paraná
O governo brasileiro, agora na presidência do Mercosul, discute com seus pares do bloco mudanças nas normas multilaterais que regem o transporte de carga na Hidrovia Paraguai-Paraná. A primeira rodada de conversas aconteceu há duas semanas, em Buenos Aires. O ponto central é o aumento do tamanho permitido para as embarcações que trafegam pelo corredor fluvial. A Hidrovias do Brasil, principal usuária da via, é uma das maiores interessadas na mudança das regras.
A empresa tem barcaças de até 346 metros de comprimento e 75 metros de largura. No entanto, no chamado Tramo Sul, estratégico para o escoamento de grãos e minério, os comboios podem ter, no máximo, 290 metros de comprimento e 48 metros de largura.
O governo, notadamente o Ministério dos Portos e Aeroportos, também tem pressa nas discussões com seus vizinhos do Mercosul. Na última semana, a Antaq aprovou os estudos para a concessão da hidrovia do Rio Paraguai, entre Corumbá e a Foz do Rio Apa, em Porto Murtinho, no Mato Grosso. Esse é um dos principais trechos que compõem a Hidrovia Paraguai-Paraná – uma malha fluvial de mais de 3,4 mil km navegáveis que conecta Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai ao Atlântico. Ou seja: está tudo interligado. Na Pasta dos Portos e Aeroportos, a mudança das regras na hidrovia Paraguai-Paraná e o consequente aumento do volume de carga transportado por comboio é vista como fundamental para atrair investidores ao leilão da hidrovia do Rio Paraguai.
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