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Energia
Segundo o RR apurou, o futuro governo Lula pretende abrir conversações com o governo do presidente da Bolívia, Luiz Arce, para a retomada de projetos de infraestrutura entre os dos países. O principal empreendimento em questão seria a construção de uma hidrelétrica binacional no Rio Mamoré, em Rondônia. É quase uma volta no tempo: as primeiras conversações em torno do projeto datam de 2007, exatamente no segundo mandato de Lula. Curiosamente, as negociações foram suspensas na gestão de Dilma Rousseff e só seriam retomadas em 2020, já na presidência de Jair Bolsonaro e na gestão do almirante Bento Albuquerque nas Minas e Energia. Mas, nos últimos meses, o assunto foi engavetado.
O projeto original prevê a instalação de uma hidrelétrica com capacidade de 3 mil MW – para efeito de comparação, um quinto de Itaipu – a um custo estimado em US$ 5 bilhões. Outro empreendimento que também deverá ganhar tração é a construção de uma ponte entre as cidades de Guajará-Mirim (RO) e Guayaramérin. O investimento também chegou a ser discutido durante o governo Bolsonaro, mas ficou pelo caminho. Justiça seja feita, o atual governo foi apenas mais um a não tirar o projeto do papel. Entre idas e vindas, a ideia de instalação de uma ponte entre as duas cidades se arrasta há mais de um século. O projeto foi discutido pela primeira vez no âmbito do Tratado de Petrópolis, em 1903, quando da transferência do território onde hoje é o Acre da Bolívia para o Brasil.
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