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Em meio ao legado de Sergio Moro, o ministro da Justiça, André Mendonça, encontrou sobre a mesa um novo projeto para o combate ao crime organizado. O alvo é o narcotráfico entre a Bolívia e o Brasil, que movimentou cerca de US$ 800 milhões no ano passado. O plano prevê a instalação de um Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF). A localização exata ainda é um dado guardado a sete chaves dentro do Ministério.
Segundo informações filtradas pelo RR junto à Pasta, a unidade deverá ficar nas proximidades de Corumbá (MS), uma das principais rotas do crime organizado entre os dois países. Consultado sobre o projeto, o Ministério disse “não confirmar a informação”. O CIOF é hoje uma das grandes apostas da Pasta da Justiça e da Segurança Pública para conter a atuação do crime organizado e a entrada de drogas no país. Trata-se de um hub de Inteligência e ações de campo, sob comando do Ministério. O primeiro foi instalado no fim do ano passado em Foz do Iguaçu.
O CIOF reúne três frentes: operações ostensivas, auxílio a investigações e uma divisão especial de combate às facções criminosas, com o uso combinado de agentes das forças de segurança federais e estaduais. O timing favorece uma ação mais aguda contra o narcotráfico entre a Bolívia e o Brasil. Recentemente, o crime organizado bilateral sofreu um duro golpe com a prisão de Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”, um dos traficantes mais procurados pela PF. Foragido há quase 20 anos, “Fuminho” estava em Moçambique, de onde manteve o comando de seus negócios criminosos na Bolívia. O traficante controla algumas das principais fazendas de coca, além de pistas de pouso clandestinas no país vizinho.
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