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A nova presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, já entra em campo com a obrigação de espanar uma bola perigosa que ronda sua área. As verbas de marketing do banco destinadas a times de futebol têm sido alvo de intensas disputas, que misturam interesses políticos e uma certa dose de rivalidade clubística. Um exemplo é o Ba-Vi que está sendo jogado não na Fonte Nova, mas nos bastidores da Caixa. O próprio governador baiano, Rui Costa, tem feito longos lançamentos até Brasília com o intuito de acelerar o fechamento do acordo de patrocínio do banco ao Bahia. As negociações se arrastam há mais de seis meses. A CEF alega que o clube não apresentou todas as certidões negativas para débitos fiscais, condição sine qua non imposta pela instituição para liberar os recursos. A pressão na terra de todos os santos é grande, uma vez que o Vitória, o maior rival do Bahia, é patrocinado pela Caixa desde julho de 2013. O contrato gira em torno dos R$ 6 milhões ao ano. As caneladas na Caixa Econômica vêm também de Santa Catarina, terra de João Raimundo Colombo (PSD), o único dos governadores eleitos no Sul do país que apoiou a candidatura de Dilma Rousseff. O banco tem sido pressionado a estampar sua marca nas camisas do Avaí e do Joinville, que acabam de subir para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Mais uma vez, tudo em nome da isonomia. A CEF já patrocina o Figueirense e a Chapecoense, que disputaram a Série A no ano passado. A direção da Caixa chegou a cogitar a suspensão dos patrocínios a clubes de futebol em 2015. A confirmação da continuidade do apoio só veio há cerca de duas semanas. O suspense agora fica por conta do valor que será desembolsado pelo banco. No ano passado, os patrocínios a 15 clubes somaram cerca de R$ 105 milhões.
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