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Na Bayer, só se fala em sucessão presidencial. Não exatamente a de Dilma Rousseff, mas a do nº 1 do grupo no Brasil, Theo van der Loo. O clima eleitoral eclodiu com a recente indicação de Eduardo Estrada Whipple para o comando da Bayer CropScience no país. A nomeação foi interpretada na companhia como um forte indício de que o destino de van der Loo já está selado e sacramentado, assim como o de Whipple. A presidência da divisão de agronegócio seria apenas um rito de passagem para o posto mais alto do grupo no Brasil, mudança que deverá se consumar no início de 2015. Oficialmente, a Bayer nega a troca de comando no Brasil. Estranho seria o contrário. É importante ressaltar que, se permanecer no cargo ao menos até janeiro, Theo van der Loo terá cumprido quatro anos de mandato – coincidência ou não, praticamente o mesmo período que coube aos últimos presidentes da Bayer no Brasil, Horstfried Laepple e, anteriormente, Armin Burmeister. No entanto, a percepção na empresa é que este não é um processo sucessório qualquer. A dança das cadeiras deverá levar a importantes mudanças na própria estratégia de negócios do grupo no Brasil. A provável escolha de Eduardo Whipple é vista como uma sinalização de que os alemães vão aumentar sua aposta no segmento de agribusiness, em detrimento de outras áreas de atuação no país, algumas extremamente tradicionais, como a divisão de saúde. Whipple parece ser o nome talhado para comandar uma empresa cada vez mais voltada ao agronegócio. O executivo construiu boa parte de sua trajetória dentro da Bayer na divisão CropScience. Passou por operações da subsidiária nos Estados Unidos, na Colômbia e na América Central. Até o início do ano, era o diretor de marketing da unidade no Brasil. Pragmáticos, os alemães apenas dançam conforme a música. Os acordes em questão são os números de sua operação no Brasil. Na última década, a unidade de agrociência disparou como o principal negócio do grupo no país. No início dos anos 2000, a Bayer CropScience respondia por pouco mais da metade do faturamento do conglomerado. Ao fim de 2014, deverá contribuir com mais de 70% da receita da Bayer no país, estimada em R$ 7,5 bilhões. No ranking interno, quem mais tem perdido espaço é a divisão HealthCare. No intervalo de dois anos, o braço de saúde perdeu cinco pontos percentuais de participação no faturamento total da Bayer no Brasil. Coincidentemente – ou não -, a área de HealthCare é comandada diretamente pelo próprio Theo van der Loo, que acumula o cargo com a direção geral do grupo.
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