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Drogaria São Paulo procura um biotônico societário

  • 18/12/2010
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O empresário Ronaldo de Carvalho, dono da Drogaria São Paulo, está parado diante de uma bifurcação societária. Os dois caminhos levam ao mesmo lugar: a capitalização da segunda maior rede do varejo farmacêutico no país, com faturamento previsto para este ano em torno de R$ 1,7 bilhão. Carvalho está dividido entre o IPO da empresa ou a venda direta de uma participação para um fundo de private equity. Dentro da própria Drogaria São Paulo, a expectativa é que o empresário bata o martelo nos próximos meses. A importância da operação extrapola as fronteiras da companhia. Seu impacto vai se irradiar por todo o setor. Uma vez capitalizada, a empresa vai partir com apetite redobrado para um processo de consolidação no varejo farmacêutico, tendo como alvo a liderança deste mercado, hoje nas mãos da rede Pague Menos. Cerca de R$ 200 milhões de receita anual e algo em torno de 60 lojas separam as duas redes ? a Drogaria São Paulo tem cerca de 240 pontos de venda em todo o país. Em 2008, Ronaldo de Carvalho iniciou os preparativos para o IPO da Drogaria São Paulo. A medida mais visível foi a saída do empresário e de seus familiares da gestão executiva. Nos bastidores, no entanto, as mudanças foram ainda mais intensas, com redefinição de níveis hierárquicos e adequação dos demonstrativos contábeis aos padrões de companhia aberta. No entanto, a crise mundial adiou os planos de abertura de capital. Desde então, entre os controladores da Drogaria São Paulo cresceu a ideia de venda de parte do capital para um sócio institucional. Alguns candidatos já se debruçaram sobre o balcão. O norte-americano Advent International e o BTG Pactual, de Andre Esteves, sondaram a empresa. Ressalte-se que o BTG já está presente no setor: no ano passado, comprou a rede Farmais, com cerca de 400 lojas e faturamento anual de aproximadamente R$ 700 milhões. Além do peso dos pretendentes, o histórico do setor também faz a balança da Drogaria São Paulo pender um pouquinho para o lado da associação com um private equity. Entre as redes farmacêuticas, apenas a Drogasil abriu seu capital em Bolsa. Os principais grupos do mercado optaram pelo matrimônio com um fundo de participações. Além da Farmais, a Droga Raia vendeu 30% do capital para o Gávea Investimentos e o Pragma.

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