Calçado da Arezzo não derrapa na crise

  • 16/09/2015
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Melhor do que ninguém Anderson Birman deve saber onde está pisando com seus bem lustrados sapatos de cromo alemão. As circunstâncias – recessão econômica, consumo em declínio, crédito escasso – dizem não; seus executivos, a começar pelo próprio filho, Alexandre Birman, pregam cautela. Mas, ainda assim, Birman acelera o passo nos planos de expansão da Arezzo. Ao longo deste ano, a empresa deverá abrir até 50 lojas – segundo o RR apurou, os imóveis já estão reservados, embora, oficialmente, a calçadista confirme apenas 40 inaugurações. No atual ritmo, a rede varejista vai romper a simbólica marca de 500 pontos de venda antes mesmo de novembro, como estava previsto originalmente. Para efeito de comparação, no ano passado, quando a conjuntura econômica e política ainda era palatável, a Arezzo abriu 58 lojas, não muito acima, portanto, do total de inaugurações previstas para este sombrio 2015. Anderson Birman não se guia apenas pela intuição de quem está há mais de quatro décadas gastando sola de sapato nessa estrada. Os números da Arezzo justificam a manutenção da estratégia expansionista intensificada nos últimos três anos. Nesse período, a empresa caminhou na contramão de boa parte do setor. Com um pé na produção e exportação de calçados e outro no varejo, acumulou mais de R$ 300 milhões de lucro e rompeu a barreira de R$ 1 bilhão de faturamento.

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