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Navegar é preciso, reza a estratégia de negócios do BTG Pactual. O banco de investimentos está lançando sua âncora sobre o setor naval. Dono de uma participação na Bravante, que atua no segmento de apoio a atividades offshore, o BTG pretende transformar a companhia em plataforma para a criação de uma operação integrada, que incluiria construção naval, transporte marítimo e até administração portuária. Em se tratando dos engenheiros do BTG, mestres na edificação de M&As, as maiores e mais criativas invencionices podem sair da prancheta. A julgar pelos movimentos do BTG, André Esteves e cia. parecem dispostos a montar uma espécie de instalação societária, um mobile com diversos ativos pendurados e interligados em série. Ou seja: seu interesse estaria focado em negócios que tragam outros a reboque, conferindo escala e sinergia a operação como um todo. É o caso, por exemplo, da Aliança Navegação, um dos nomes que piscam no sonar do BTG. Uma associação com a empresa permitiria a Bravante não apenas entrar no segmento de transporte como também colocar um pé em infraestrutura portuária. A Aliança é sócia do Porto de Itapoá, em Santa Catarina – o controle pertence a Portinvest Participações, leia-se o grupo Batistella e a Logz Logística. Em tempo: a Hamburg Sa¼d tem demonstrado sinais de insatisfação com o desempenho da Aliança Navegação, o que seria um facilitador para a Bravante atracar no negócio. O mesmo conceito se aplica a Companhia Brasileira de Offshore (CBO), outro negócio na mira do BTG. A CBO não se encerra em si própria; é apenas parte de uma instalação de ativos. Associar-se a CBO significa ancorar não apenas no segmento de suporte a plataformas, mas também em navegação de cabotagem e na construção naval – a empresa é sócia do Estaleiro Aliança. O Grupo Fischer, controlador da CBO, estaria disposto a vender parte ou até mesmo o controle da companhia. De acordo com fontes próximas a empresa, nesta segunda hipótese a operação pode envolver algo em torno de R$ 2 bilhões. Consultado, o BTG informou que “não comenta rumores de mercado”. A CBO não quis se pronunciar. Já a Hamburg Sa¼d negou a venda da Aliança.
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