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Lojas Colombo entre a sucessão e a ida para a vitrine

  • 8/10/2012
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Insistir no que já se tornou o mais complexo e dramático processo de sucessão do varejo nacional ou entregar os pontos e vender o controle de sua empresa? O octogenário Adelino Colombo é um homem dividido e pressionado a escolher entre estes dois caminhos. Se dependesse exclusivamente de sua vontade, o empresário jamais abriria mão da primeira hipótese, a  qual está vinculada a manutenção do controle familiar da companhia. No entanto, Colombo é uma espécie de Diógenes do varejo, a vagar pelas ruas com uma lanterna na mão em busca de um sucessor. A solução caseira é praticamente carta fora do baralho. As três filhas – Carla, Karin e Gissela – jamais teriam demonstrado muito pendor para a função. Carlos Alberto, o solitário homem na linhagem de herdeiros, é o único com experiência no varejo. Mas ele próprio não alimentaria muito interesse em assumir a presidência da Colombo – talvez uma reação a  própria postura do pai, que, segundo fontes próximas a  família, nunca teria depositado no rebento a confiança necessária para lhe entregar o manche do grupo. Diante deste complexo xadrez familiar, Adelino Colombo segue a  procura de um nome, mesmo que não seja sangue do seu sangue. Nos últimos meses, teria sondado dois executivos. Um deles se trata de um velho conhecido: Eldo Moreno, ex-superintendente da própria empresa gaúcha. O outro teria sido Marcelo Silva, do Magazine Luiza. As conversas, no entanto, não avançaram. Colombo já tentou várias cartadas. No ano passado, apostou suas fichas em Gustavo Courbassier, que assumiu a superintendência executiva. No entanto, Courbassier ficou apenas cinco meses no comando da rede varejista, obrigando o empresário a interromper sua breve aposentadoria e retornar a  gestão executiva. Entende-se a dificuldade de Colombo em encontrar um nome. Conviver sob o tacão do “Seu Adelino” é uma pedreira. É a governança corporativa do “eu mando”. De acordo com executivos próximos a Adelino Colombo, cada novo revés no processo de sucessão tem minado sensivelmente a resistência do empresário a  ideia de venda da companhia. Candidatos a  compra da Colombo não faltam, até porque ela é vista como um pitéu do setor, em razão do seu tamanho, da lucratividade e de suas finanças extremamente enxutas. A empresa tem sido alvo constante de investidas tanto de redes varejistas como de private equities. Segundo as fontes consultadas pelo RR, a lista dos nomes que bateram a  porta de Adelino Colombo nos últimos meses vai de Advent a BTG Pactual, de Magazine Luiza a Máquina de Vendas. Todas apostam suas fichas justamente na dificuldade de Colombo encontrar uma solução de continuidade administrativa, que permita a  família se manter no controle. Procurada, a Colombo negou o convite aos executivos Eldo Moreno e Marcelo Silva e a possibilidade de venda do controle.

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