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A indústria siderúrgica brasileira sofre. Mas ninguém sofre mais do que a Usiminas. A partir de um recorte da última década, todos os principais indicadores financeiros apontam a empresa minera atrás de suas companheiras de “quadruopólio”, leia-se o quarteto que regula e comanda toda a cadeia produtiva do aço no Brasil. Para exercício de comparação – os números a seguir não estão deflacionados -, a Usiminas teve uma receita acumulada de R$ 175 bilhões de 2013 a setembro deste ano. Esse número corresponde a apenas 60% do faturamento da terceira colocada, a CSN, com um total de R$ R$ 288 bilhões no mesmo intervalo de tempo. Um pouco acima aparece a ArcelorMittal. Entre 2013 e 2022 (a empresa não divulga resultados trimestrais no Brasil), sua receita somada no país foi de R$ 331 bilhões. A líder do ranking, disparada, é a Gerdau. O grupo registrou uma receita de R$ 544 bilhões de 2013 a setembro deste ano, impulsionado pelo seu bem-sucedido projeto de internacionalização – a operação norte-americana, já responde por quase 40% das vendas.
Em termos de rentabilidade, mais uma vez a Usiminas surge no fim da fila. O lucro acumulado ao longo da última década foi de R$ 11,6 bilhões. A cifra corresponde a apenas um quarto do ganho somado da Gerdau no mesmo intervalo, de 2013 a setembro deste ano – R$ 43,8 bilhões. Por sinal, no terceiro semestre, a Usiminas foi a única integrante do top four da siderurgia nacional a fechar seu balanço no vermelho, com prejuízo de R$ 166 milhões. No quesito retorno financeiro, a segunda colocada do período é a Arcelor Brasil, com lucro somado de R$ 31,3 bilhões de 2013 a 2022 (lembrando, mais uma vez, que os resultados trimestrais de 2023 não estão disponíveis). A CSN, por sua vez, teve um ganho total de R$ 29,8 bilhões de janeiro de 2013 a setembro de 2023.
Em relação à geração de caixa, adivinhem quem ficou em último? No período analisado, a Usiminas teve um Ebitda acumulado de R$ 29,8 bilhões. Ficou a léguas de distância da terceira colocada, a Arcelor Brasil, com R$ 64,2 bilhões, entre 2013 e 2022. Há método na hierarquia financeira do setor siderúrgico no Brasil. Mais uma vez, a Gerdau desponta na primeira posição. A siderúrgica do kaiser do aço Jorge Gerdau teve um Ebitda somado de R$ 98,7 bilhões de 2013 a setembro deste ano. Neste quesito, foi seguida razoavelmente de perto pela CSN. A companhia de Benjamin Steinbruch registrou um Ebitda acumulado de R$ 90,5 bilhões em igual período.
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