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A demissão de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores reacendeu uma luz no painel da Embraer. Segundo informações auscultadas pelo RR no Itamaraty, o novo chanceler, Carlos Alberto França, está disposto a reabrir conversações no âmbito da OMC em torno da fixação de novas regras multilaterais para a concessão de subsídios do governo ao setor de aviação. O assunto é uma batalha aérea de parte a parte. Assim como a Embraer se queixa de subvenções para concorrentes, sobretudo a Bombardier, há um incômodo lá fora por conta das relações viscerais entre a empresa e o BNDES. O banco costuma financiar a venda de produtos da companhia, de jatinhos a aviões maiores. No início deste ano, por exemplo, o BNDES aprovou uma linha de crédito de R$ 450 milhões para a Embraer, mais precisamente para a exportação de aeronaves modelo E175 à norte-americana SkyWest Airlines. Por essas e outras, no exterior há quem veja a fabricante brasileira como uma “semiestatal”, com garantia de financiamento do governo – ainda que indiretamente – a taxas, no mínimo, competitivas.
Trata-se de uma questão complexa, dada a miríade de interesses comerciais cruzados, envolvendo países como França, China e Rússia. Além da Airbus – principal adversária da Embraer após assumir a divisão de jatos regionais da Bombardier -, a chinesa Comac e a russa Sukhoi despontam como ameaças emergentes à empresa brasileira. Ambas aditivadas com subsídios governamentais de alta octanagem. Ainda assim, cabe lembrar que existe um experimento diplomático razoavelmente bem-sucedido nessa área: o Entendimento Setorial sobre Aviação Civil (ASU), firmado na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2007, considerado um tento da diplomacia brasileira. Embora não seja membro da OCDE, o país participou do acordo, renovado quatro anos depois.
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Por falar em Itamaraty: a primeira missão – ou embate – de Carlos Alberto França nas Relações Exteriores está prevista para a próxima segunda-feira. França levará para a reunião do Mercosul a proposta de redução da Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco econômico. Segundo o RR apurou, mesmo com a resistência do Paraguai e, sobretudo, da Argentina, o governo brasileiro vai defender o corte da TEC entre 15% e 20%. O projeto está sendo alinhavado pelo Ministério da Economia, mais precisamente pela equipe do secretário especial de Comércio Exterior, Roberto Fendt.
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