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Um colecionador de direitos de exploração dos minérios na Reserva Nacional do Cobre encontra-se em prisão domiciliar. O ex-megaempresário Eike Batista possui cerca de 100 autorizações de pesquisa dos mais de 600 títulos de exploração na região mineralógica do Pará. As concessões de Eike foram distribuídas entre diversas empresas, um modelo, aliás, comum entre as companhias do setor, quando desejam evitar a demonstração de posse dos direitos minerários.
O empresário começou a garimpar as concessões quando a MMX ainda era a joia dos seus negócios. Chegou a discutir a abertura seletiva da Reserva do Cobre com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O argumento, razoável por sinal, era que a medida evitaria uma “corrida do ouro” das companhias estrangeiras e de garimpeiros na Amazônia.
O principal foco de Eike na região era o ouro, mas também com incursões sobre o minério de ferro. O empresário tinha uma fixação pela Vale, que tentou adquirir ou até mesmo clonar (Projeto Minas Rio, que a Anglo American acabou comprando de Eike). Na época, o então presidente da Vale, o falecido Roger Agnelli, desafeto do Mr. X, concorria com o empresário por um quinhão naquela área – na tabela dos processos do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) há diversas solicitações feitas pela Docegeo, subsidiária de geologia da companhia.
O ex-presidente José Sarney, que foi “chairman” do Conselho Consultivo da mineradora de ferro de Eike no Amapá, teve participação ativa nas articulações para a extinção da Lei que criou a reserva mineral-ambiental. Por ironia do destino, é seu filho, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, quem hoje se posiciona contrariamente à exploração mineral na região. Consultado sobre a existência de requerimentos ou autorizações de pesquisa em nome de Eike Batista ou de empresa a ele pertencente, o DNPM enviou uma extensa relação de pessoas físicas e jurídicas, que não permite identificar a presença do empresário. O RR fez várias tentativas de contato com a assessoria de Eike, mas não obteve retorno por meio dos telefones disponíveis nem do site da EBX, que estava fora do ar até o fechamento desta edição.
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