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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) está dando munição àqueles que enxergam o Judiciário como uma capitania hereditária, repleta de benefícios transmitidos de geração em geração. Sobrenomes influentes na Corte travam uma disputa acirrada nos bastidores pelas duas vagas de desembargador destinadas à advocacia. Segundo informações que circulam no TJ-RJ, entre os 57 candidatos despontam como favoritos os advogados Fernando Marques de Campos Cabral Filho, membro do TRE-RJ e filho do desembargador aposentado Fernando Marques de Campos Cabral, e Carlos Alberto Direito, filho do ex-ministro do STF Carlos Alberto Direito.
Outros nomes bem cotados são os de Mauro Ferreira, irmão do desembargador Marcelo Ferreira, e Fabio de Oliveira Azevedo, genro do ministro do STJ Antônio Saldanha. Também disputam o “direito” à hereditariedade nos tribunais os advogados Gustavo Rebello Horta, Mariana Siqueira, Danielle Vasconcellos e Juliana Foch, filhos, respectivamente, dos desembargadores Rebello Horta, Antônio Siqueira (já aposentado), Edson Vasconcelos e Fernando Foch. Sem entrar no mérito da competência dos indicados, o fato é que a corrida pelas duas cadeiras de desembargador do TJ-RJ está chacoalhando a árvore genealógica do Judiciário fluminense.
Não obstante o forte componente consanguíneo que marca a disputa, há outros nomes que correm por fora e não devem ser descartados. É o caso do advogado Antonio Carlos da Conceição Santos, que tem boas relações no TJ-RJ e contaria com o apoio do próprio governador do Rio, Claudio Castro, em última instância o eleitor mais importante na disputa. Caberá a Castro nomear os novos desembargadores do Tribunal do Rio a partir das duas listas tríplices que receberá da própria Corte. Estas, por sua vez, sairão das duas listas sêxtuplas votadas pela OAB-RJ – a eleição na Ordem está marcada para o próximo dia 3 de dezembro.
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