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Quantas vidas tem a Golden Cross? A recente negociação da carteira de planos individuais para a Unimed-Rio reacendeu a discussão sobre o futuro da companhia. Há vários indícios de que o empresário Milton Afonso estaria preparando o terreno para a venda do controle. Além da saída do segmento de pessoa física, a Golden Cross estuda encerrar sua operação em Salvador – sua atuação permaneceria restrita a Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Ao mesmo tempo, a companhia vem promovendo pesados cortes de custo, notadamente na estrutura administrativa e na área de marketing, que, diga-se de passagem, já andava bem mirradinha – alguém aí se lembra de alguma grande ação publicitária de maior fôlego da Golden Cross nos últimos anos? A redução das despesas e, sobretudo, a venda ou o encerramento de operações pouco rentáveis são vistas no mercado como fortes evidências de que os Afonso estão arrumando a casa para a chegada de um novo proprietário. Não custa lembrar que, no fim da década de 1990, a Golden Cross chegou a ter um sócio internacional. No entanto, a parceria com a Cigna durou apenas dois anos e custou aos norte-americanos mais de US$ 400 milhões em prejuízos. No setor espocam nomes de possíveis candidatos a compra da Golden Cross. Segundo fonte de um grande banco de investimentos ligado aos Afonso, a UnitedHealth vem mantendo contatos com a família. O objetivo dos norte-americanos é unir sob o mesmo guarda-chuva a Amil e a Golden Cross, o que lhes daria ainda mais musculatura para concorrer com a Unimed, notadamente no mercado do Rio de Janeiro. De acordo com a mesma fonte, outro pretendente é o BTG Pactual, que já tem um pé na área de saúde. A compra da Golden Cross abriria caminho para a verticalização da operação da rede D’Or de hospitais, da qual o banco de André Esteves é um dos principais acionistas.
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