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O Ministério Público Federal vai lançar uma ofensiva em todo o país para combater as fraudes contra o sistema de cotas das universidades federais. Além de montar uma força-tarefa para investigar o crescente número de denúncias, o MPF pretende fechar o cerco às próprias instituições de ensino. Segundo o RR apurou, o órgão determinará que as universidades publiquem nos editais de seus vestibulares os critérios utilizados para a verificação dos estudantes com direito a vagas no âmbito da política compensatória. O MPF também deverá pedir à Justiça que as instituições sejam obrigadas a criar bancas específicas para avaliar se o vestibulando atende aos requisitos da Lei 12.711/2012, que criou a reserva de vagas para negros, pardos, indígenas ou portadores de deficiência. Os casos de fraude no ensino público se acumulam. No entanto, o trabalho de fiscalização tem sido feito de forma dispersa, a critério das próprias instituições de educação. Mais de um terço das universidades federais registra processos administrativos para averiguar o fornecimento de informações falsas nas autodeclarações de matrícula. Só na UFRJ há cerca de 50 casos sob análise, número confirmado pela própria universidade. A Federal do Rio informa ainda que em junho criou uma “comissão para analisar as autodeclarações de cor.”
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