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Empresa

Venda da Amil caminha para o seu desfecho sob o olhar atento da ANS

18/12/2023
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O epílogo da novela da venda da Amil está muito próximo – conforme o colunista Lauro Jardim informou na edição de ontem de O Globo. O RR apurou que a UnitedHealth pretende anunciar nesta semana o comprador da terceira maior operadora de planos de saúde do Brasil. Em jogo, uma carteira com mais de 5,4 milhões de clientes e uma rede com 19 hospitais e 52 unidades ambulatoriais, ativos avaliados em algo próximo a R$ 15 bilhões.

No início, eram sete candidatos à aquisição da Amil. Após um processo de depuração natural, há três concorrentes no páreo: a Bain Capital, a Dasa e o empresário José Seripieri Filho. Os três já tiveram negócios na área. A Bain Capital foi, por muitos anos, controladora da empresa de medicina de grupo NotreDame Intermédica, que, posteriormente, se fundiu à Hapvida em um dos maiores deals já realizados no setor.

A Dasa pertence aos herdeiros de Edson de Godoy Bueno, fundador da Amil. Seripieri, por sua vez, criou a Qualicorp e a QS Saúde, cuja carteira foi vendida neste ano à healthtech Alice.

A presença de José Seripieri na disputa tem levado a ANS a acompanhar mais de perto as negociações. Na agência reguladora, historicamente um órgão menos politizado e de perfil mais técnico, há objeções à venda da Amil ao empresário. A resistência se deve, em parte, aos fatos controversos que marcam sua trajetória. Em 2020, o fundador da Qualicorp foi preso na operação Paralelo 23, da Polícia Federal, suspeito de participar de um suposto esquema de caixa 2 na campanha de José Serra ao Senado em 2014, que teria movimentado cerca de R$ 5 milhões.

Em novembro do mesmo ano (2020), Seripieri acabou fechando um acordo de delação premiada com a PGR. Outra questão que preocupa a ANS é o futuro da carteira de planos individuais da Amil, com aproximadamente 300 mil vidas. Trata-se de um negócio deficitário e menos atrativo. Para agência reguladora, é fundamental monitorar os planos do futuro dono da Amil para a operação e se antecipar a qualquer risco de interrupção dos serviços aos beneficiários.

Mais uma vez, as atenções se voltam na direção de Seripieri. Informações que circulam na ANS apontam que o empresário teria planos de vender a carteira de contratos individuais. Há especulações sobre o interesse da Golden Cross em ficar com a operação – Seripieri é próximo do comando da empresa. Esse possível vai-e-vem causa apreensão no órgão regulador.

No limite, esta é uma questão que pode cair no colo da própria ANS. Qualquer abalo na gestão ou problema de continuidade obrigaria a agência ou, em última instância, o próprio Estado a assumir esse contingente de 300 mil planos, mesmo que de forma provisória.

Posicionamento: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) entrou em contato com o RR para esclarecer que “não recebeu nenhuma formalização a respeito de venda da operadora Amil e que, portanto, não se manifestou sobre eventual negociação.
A ANS ressalta ainda que seus critérios analisados para autorizar ou não operações de assunção ou transferência de carteiras são baseados no cumprimento da regulação setorial. Dessa forma, a ANS não é favorável ou desfavorável a nenhum dos players envolvidos em negociações realizadas no setor sem que sejam analisados os critérios técnicos.”

#Amil #ANS #Dasa #Qualicorp

Nota de esclarecimento

23/02/2021
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“José Seripieri Filho repudia as afirmações lançadas na matéria ‘Bancada do Seripieri’ (17/12/2020) e, em respeito ao leitor, esclarece que jamais ordenou ou aquiesceu com o pagamento de ‘mesadas’ pela Qualicorp a congressistas ou servidores públicos, de modo a obter benefícios na área de saúde. Lamenta, ainda, que não tenha sido ouvido para a elaboração do texto, inteiramente a seu respeito, como recomenda a prática do bom jornalismo”. N.R. O RR informa que entrou em contato com a Qualicorp, da qual José Seripieri Filho é fundador, abrindo espaço para que a companhia e o empresário se manifestassem. A newsletter enviou e-mail à assessoria de comunicação da empresa às 8h52 do dia 16/12. Às 16h54, a assessoria retornou dizendo que a Qualicorp não iria se pronunciar. Em nenhum momento, a companhia informou ao RR não ter qualquer relação com o assunto mencionado ou com José Seripieri Filho ou mesmo recomendou à newsletter que fizesse contato com o empresário.

#Qualicorp

RR é a melhor vacina contra a desinformação

23/12/2020
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Em meio ao “novo normal” imposto pelo terrível ano de 2020, ao menos um ponto não mudou: o assinante do RR teve acesso irrestrito aos corredores do Poder. Em 20 de abril, um mês após Jair Bolsonaro decretar estado de calamidade pública, o RR foi o primeiro veículo a noticiar os estudos dentro do governo para a criação de uma espécie de “Plano Marshall” brasileiro, um amplo programa emergencial de geração de investimento e de empregos. Poucos dias depois, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, surgiria no noticiário confirmando os estudos e fazendo referência exatamente ao termo “Plano Marshall”. O RR antecipou o flerte entre Jair Bolsonaro e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Em 3 de julho, a newsletter informou que Marinho estava montando uma intensa agenda de viagens de Bolsonaro para inaugurar obras no Nordeste, o que de fato ocorreu nos meses seguintes.

O poder em marcha

Em 5 de maio, o RR descortinou o incômodo dentro das Forças Armadas diante da insistência do presidente Jair Bolsonaro em associar a corporação a um discurso de intimidação e de risco de ruptura institucional, tema que ganharia o noticiário nos dias seguintes. O RR também antecipou a importante missão que o general Hamilton Mourão passou a ter no governo: em 22 de julho, noticiou, em primeira mão, que o vice-presidente se tornaria uma espécie de “embaixador do meio ambiente” da gestão Bolsonaro. Em 20 de agosto, o RR publicou, também com exclusividade, que o governo estenderia a “Operação Verde Brasil 2”, prorrogando a presença de militares no combate aos incêndios na Amazônia até o fim do primeiro trimestre de 2021 – o que se confirmaria em novembro.

Militares x “olavistas”

Os assinantes da newsletter tiveram também informações exclusivas sobre a disputa de poder entre os generais palacianos e a ala olavista do governo. Em 12 de maio, o RR cravou que os militares se movimentavam para ter um número maior de assentos no Conselho Nacional de Educação (CNE), tradicional área de influência de Olavo de Carvalho desde o início da gestão Bolsonaro. Em 25 de setembro, o RR revelou articulações para a possível saída do “olavista” Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores. Desde então, o noticiário tem tratado da hipótese de substituição do chanceler. Na última semana, a mídia passou a abordar também a possibilidade de demissão do embaixador brasileiro em Washington, o igualmente “olavista” Nestor Forster, informação antecipada pelo RR em 7 de dezembro.

Laços de família

Em 7 de agosto, o RR revelou que, ao criar o Centro de Inteligência Nacional na Abin, o presidente Jair Bolsonaro estava instituindo um “Family office” dentro da agência, com o objetivo de usar o aparato de Inteligência do Estado em benefício de si próprio e dos seus. Em dezembro, estouraria a denúncia de que a Abin produziu relatórios para Flavio Bolsonaro. Em 8 de junho, o RR informou, com exclusividade, que o deputado federal Eduardo Bolsonaro estava trabalhando para viabilizar o desembarque no Brasil da Sig Sauer, fabricante de armamentos de origem suíça. Mais: a newsletter antecipou as articulações conduzidas com o auxílio do “03” para uma parceria entre a empresa e a Imbel. Três dias depois, o assunto estaria em toda a mídia.

Despedida antecipada

O leitor da newsletter acompanhou de muito perto o processo de sucessão do Itaú Unibanco. Em 9 de setembro, o RR informou que Marcio Schettini deixaria o banco caso não fosse o escolhido para suceder Candido Bracher na presidência. Dito e feito! No início de novembro, preterido em detrimento de Milton Maluhy Filho, Schettini, diretor geral de varejo, anunciou sua saída do Itaú. No dia 9 do mesmo mês, o RR voltou ao tema para detalhar os bastidores da escolha, conduzida pelo próprio Bracher, e o mal estar que ela causou junto aos acionistas do Itaú.

Em janeiro, o RR informou com exclusividade que a Petrobras lançaria um plano de redução de despesas da ordem de R$ 1 bilhão, o que se confirmaria pouco depois. Também em janeiro, a newsletter revelou que Embraer e Boeing haviam desmobilizado um grupo de trabalho que discutia o desenvolvimento conjunto de aeronaves comerciais, apontando a medida como um indício de iminentre rompimento da fusão. Três meses depois, a associação entre as duas companhias foi para o espaço. Ainda sobre a Embraer, em julho o RR antecipou que a empresa estava negociando um empréstimo do BNDES, operação oficialmente confirmada em dezembro.

Em março, o RR foi o primeiro a noticiar os estudos no BNDES para a compra de participações em companhias aéreas, como forma de reduzir os efeitos da pandemia sobre o setor. Menos de 15 dias depois, o projeto se tornaria público, ainda que, na prática, não tenha decolado. Outro furo que veio dos céus foi a notícia de que o empresário David Neeleman, fundador da Azul, venderia sua participação na portuguesa TAP, antecipada pelo RR em 12 de fevereiro. O RR antecipou também o que poderia ter sido uma das maiores operações de M&A do ano no país. Na edição de 26 de agosto, informamos que a Ser Educacional estava levantando recursos para fazer uma oferta de compra do controle dos ativos da Laureate no Brasil.

Menos de um mês depois, a proposta de R$ 4 bilhões estava sobre a mesa dos acionistas do grupo norte-americano. A Ser acabou perdendo a disputa empresarial para a Ânima Educação. Em 5 de novembro, mais um furo no noticiário corporativo: o RR antecipou que os principais acionistas da Qualicorp se movimentavam para comprar o restante da participação de José Seripieri Filho, fundador da operadora de planos de saúde, devido às denúncias de corrupção contra ele. Menos de um mês depois, os sócios da companhia e o empresário fecharam um acordo para a transferência das ações, quase no mesmo período em que o STF homologava a delação premiada de Seripieri.

Cortes no Ministério Público

No dia 8 de dezembro, a newsletter revelou os planos do procurador geral da República, Augusto Aras, para fechar escritórios de representação do MPF e reduzir custos operacionais devido à escassez orçamentária da instituição – informação que acabou confirmada pelo próprio Ministério Público.

Gol atrás de gol

Em 16 de março, o RR informou, com exclusividade, que o início do Campeonato Brasileiro seria adiado por conta da pandemia. Uma semana depois, a newsletter antecipou que os clubes haviam pedido ao governo a suspensão dos pagamentos do Profut, o programa de refinanciamento de dívidas das agremiações esportivas junto à União – medida que seria implantada pouco depois. Que 2021 seja um ano muito diferente em quase tudo, menos na capacidade do RR de entregar a seu assinante um conteúdo qualificado e exclusivo.

#Anima Educação #BNDES #Eduardo Bolsonaro #Forças Armadas #Jair Bolsonaro #Olavo de Carvalho #Qualicorp #Sig Sauer

Bancada do Seripieri

17/12/2020
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Guardadas as devidas proporções, a delação do empresário José Seripieri Filho é tratada no STF como uma espécie de “Lava Jato da saúde”. Segundo fonte do Supremo, ao menos 25 deputados receberam “mesadas” regulares da Qualicorp, empresa fundada por Seriperi, a partir de 2014.

#Qualicorp

Companhia indesejável

5/11/2020
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Informação auscultada pelo RR entre as paredes da Qualicorp: os principais acionistas da companhia, a exemplo de Rede D ´Or e Pátria, tratam como prioridade comprar o restante da participação de José Seripieri Filho. É um expurgo em pele de aquisição. A permanência do fundador da empresa é vista hoje como sinônimo de criminalização da Qualicorp. Na semana passada, a PF fez uma operação de busca e apreensão na gestora de planos de saúde: a empresa e Seripieri são suspeitos de pagar propina a fiscais da Receita.

#Qualicorp

Saúde não falta

10/09/2020
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A empresa nem começou a operar, mas José Seripieri Filho já faz planos de abrir o capital da QSaúde. Trata-se do plano de saúde que Seripieri comprou recentemente de sua ex-empresa, a Qualicorp. Isso depois de o empresário receber R$ 150 milhões da companhia em um acordo de não-competição, que, posteriormente, foi revisto.

#Qualicorp

A criatura quer descolar do criador

4/08/2020
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Os principais sócios da Qualicorp, entre os quais a Rede D ´Or, querem comprar o que ainda resta de ações da companhia nas mãos de seu fundador, José Seripieri Junior – algo em torno de 2,7% do capital. Não obstante a força de Seripieri no setor, o consenso entre os investidores é que hoje sua presença gera mais ônus do que bônus. No início de julho, o empresário foi preso pela Polícia Federal por suspeita de doações ilegais para a campanha de José Serra.

#Qualicorp

Qualicorp na mira da CVM

5/05/2020
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O processo contra a diretora de RI da Qualicorp, Grace Tourinho, pode ser apenas o fio da meada. A CVM apura se outros dirigentes da empresa eventualmente venderam ações de posse de informações privilegiadas. Grace é acusada pelo órgão regulador de ter negociado papéis poucos dias antes do anúncio de um contrato de remuneração de R$ 150 milhões para o fundador da Qualicorp, José Seripieri Filho. Poucos dias após a divulgação do acordo, a empresa perdeu quase um terço do seu valor de mercado. Consultada pelo RR, a CVM informou que “os temas objeto de questionamento estão sendo tratados no âmbito do PAS CVM 19957.005704/2019-16”.

#CVM #Qualicorp

Qualicorp cuida como ninguém da saúde de José Seripieri

3/03/2020
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O empresário José Seripieri Junior pagou para ficar com a QSaúde ou foi a Qualicorp que, no fim das contas, por vias oblíquas acabou tirando dinheiro do próprio caixa para vender a subsidiária ao seu fundador? Este é o questionamento que minoritários da administradora de planos de saúde – entre os quais a XP Gestão de Recursos e a norte-americana Wellington Management Fund –pretendem levar à CVM. Há indícios de que Seripieri teria feito da Qualicorp um títere e usado de seu poder para mexer os condões de  forma que a companhia financiasse a transferência da QSaúde para ele próprio.

Na operação fechada em janeiro, o empresário pagou cerca de R$ 80 milhões pelo plano de saúde. Quase que simultaneamente, a Qualicorp ajustou o contrato de non-compete firmado com Seripieri em outubro de 2018, abrindo a brecha necessária para viabilizar a venda da QSaúde. Para os minoritários, este teria sido o pulo do gato. Inicialmente, o acordo impedia que o empresário tivesse qualquer novo negócio na área de saúde.

A alteração do contrato permitiu uma conveniente exceção para operadoras de planos, exatamente o caso da QSaúde. Ocorre que, ao assinar o pacto de não agressão, no fim de 2018, a Qualicorp pagou R$ 150 milhões a Seripieri. Na visão dos minoritários insatisfeitos, o que o empresário fez agora foi “devolver” R$ 80 milhões à companhia. Se mais à frente, o grupo decidir criar outro plano de saúde inevitavelmente terá o seu fundador como concorrente, mesmo depois do contrato firmado há dois anos rezando o contrário.

Consultadas pelo RR, Qualicorp, XP e Wellington Magament não quiseram se manifestar. A CVM informou que “até o presente momento, não recebeu consultas e/ou reclamações” em relação à compra da QSaúde”. No entanto, a própria autarquia registra
que o acordo de non-compete assinado entre a Qualicorp e seu fundador é objeto de análise no âmbito do Processo Administrativo Sancionador nº 19957.010505/2018-49. O termo de acusação elaborado pelo superintendente de relações com empresas da autarquia, Fernando Soares Vieira, classifica o contrato como lesivo à companhia.

Segundo o processo, o valor pago a Seripieri “não pode ser considerado justo, pois se o desembolso de R$ 150 milhões pela Qualicorp correspondesse a benefícios esperados que, a valor presente, coincidissem com esse montante, o valor da ação deveria permanecer inalterado. No entanto, o que se viu foi uma perda do valor da companhia de R$ 1,37 bilhão, equivalente a cerca de 30% de seu valor original.”

#CVM #José Seripieri Junior #QSaúde #Qualicorp

Saúde bilionária

29/10/2019
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A Qualicorp, a administradora de planos de saúde de José Seripieri, estaria preparando uma oferta de ações em bolsa.

#Qualicorp

Acionistas da Qualicorp abrem fogo contra Seripieri

2/09/2019
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Quando José Seripieri Filho abriu negociações com a Rede D´Or para a venda de uma parcela da sua participação na Qualicorp? As tratativas com o grupo hospitalar se deram simultaneamente às ordens de compra de ações da companhia feitas pelo empresário? Estes são alguns dos questionamentos que minoritários da Qualicorp – notadamente XP Gestão de Recursos e a norte-americana Wellington Management – pretendem levar à CVM. Para as duas gestoras, Seripieri teria adquirido ações da companhia em Bolsa durante o primeiro semestre deste ano já carregando no bolso do colete a carta da posterior operação com a Rede D´Or e da consequente elevação das cotações. Ou seja: o empresário teria sido insider de si próprio, auferindo um razoável lucro ao movimentar os papéis nas duas pontas.

Entre o fim de 2018 e meados deste ano, o fundador da Qualicorp aumentou sua participação na companhia de 15% para 20% – conforme informou o RR na edição de 26 de junho. Nesse período, pagou em média R$ 15 pela ação. Pouco depois, exatamente no dia 8 de agosto, selou a transferência de 10% do capital da empresa de medicina de grupo. Na referida data, o papel estava cotado a R$ 22. Neste caso, Seripieri teve um ganho de aproximadamente 46% sobre os 5% do capital adquiridos no primeiro semestre. Consultada, a CVM informa que “Até o presente momento, não identificou o recebimento de questionamento a respeito do assunto”.

Qualicorp, XP e Wellington Management não quiseram se pronunciar sobre o assunto. Ressalte-se que José Seripieri Filho já responde a um Processo Administrativo Sancionador na CVM (PAS n° 19957.010505/2018-49). A autarquia investiga o acordo firmado entre a Qualicorp e Seriperi em outubro do ano passado, pelo qual a companhia pagou R$ 150 milhões ao empresário mediante seu compromisso de não abrir novos negócios no setor até 2026. Em abril, o superintendente de relações com empresas da autarquia, Fernando Soares Vieira, apresentou o Termo de Acusação, no qual afirma que o contrato foi lesivo à companhia.

#CVM #Qualicorp #Rede D'Or

Plano de saúde da Qualicorp não cobre disputas societárias

26/06/2019
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O empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, está no meio de um tiroteio societário. Segundo informações filtradas da própria CVM, a XP Gestão de Recursos e a norte-americana Wellington Management, minoritárias da operadora de planos de saúde, acionaram a autarquia com o objetivo de anular o acordo formalizado entre a companhia e seu controlador. Em outubro do ano passado, a Qualicorp, ou melhor, Seripieri aprovou o pagamento de R$ 150 milhões para si próprio, mediante o compromisso de manter uma participação de 15% na empresa e não abrir novos negócios no setor até 2026. As gestoras alegam que a transfusão financeira é danosa à Qualicorp e a seus investidores. Afirmam ainda que Seripieri aprovou a medida no Conselho de Administração sem o conhecimento dos minoritários.

A reação da XP e da Wellington Management ganha força no rastro do Processo Administrativo Sancionador (PAS n° 19957.010505/2018-49) aberto pela CVM para investigar a operação. Em abril, o superintendente de relações com empresas da autarquia, Fernando Soares Vieira, apresentou o Termo de Acusação, no qual afirma que o acordo foi lesivo à Qualicorp. Todos os conselheiros, incluindo o próprio Seripieri, são responsabilizados pela operação. Segundo a fonte do RR, a companhia, Seripieri e os conselheiros já se movimentam na tentativa de encerrar o PAS antes do julgamento em definitivo e da pesada punição, tanto pecuniária quanto administrativa, que se anuncia.

A empresa sinalizou à autarquia que vai apresentar um Termo de Compromisso. Procurada, a Qualicorp não quis se manifestar. Consultada sobre o prazo para julgamento do processo e sobre as tratativas para um possível acordo, a CVM não se pronunciou. O órgão regulador disse apenas que “os temas-objeto dos questionamentos estão sendo analisados no âmbito do PAS”. O RR também entrou em contato com o head office da Wellington Management, em Boston: a gestora informou que “não se manifesta sobre empresas nas quais pode investir em nome declientes”.

Já a XP não se pronunciou. Paralelamente ao fogo cruzado na CVM, não se pode perder de vista os recentes movimentos feitos por José Seripieri na Bolsa. Desde o controverso acordo, há oito meses, o empresário vem comprando ações da própria empresa no mercado. Nesse intervalo, aumentou sua participação de 15% para algo em torno de 20%. Ao encher sua cartucheira com ações da Qualicorp, Seripieri estaria tentando ganhar força dentro da própria companhia para os embates com outros investidores – ressalte-se que a empresa tem capital pulverizado. Juntas, XP e Wellington detêm pouco mais de 15%.

#CVM #Qualicorp #Wellington Management #XP Gestão de Recursos

Minoritários atiram contra a Qualicorp

3/10/2018
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A Qualicorp, do empresário José Seripieri Filho, está sendo alvejada por todos os lados. Além da XP, outros minoritários, a começar pela Wellington Management, preparam-se para entrar na Justiça contra a empresa. No caso da gestora norte-americana, segundo o RR apurou, serão movidas ações tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos – onde são negociados ADRs da companhia. No início da semana, a operadora de planos de saúde anunciou um acordo com o Seripieri no valor de R$ 150 milhões para que ele não venda sua participação societária e não crie negócios concorrentes. Na interpretação dos investidores, o empresário, dono de 15% da companhia, usou o caixa da Qualicorp, sem a anuência dos demais acionistas, para distribuir uma espécie de dividendo extra a si próprio. Em um único dia, a empresa perdeu quase um terço do seu valor de mercado.

#Qualicorp

Vendedor demais

4/09/2017
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Uma das variáveis que vêm atrapalhando a venda da Golden Cross é o excesso de “advisers”. Segundo o RR apurou, três diferentes interlocutores já bateram na porta da Qualicorp como mandatários da família Afonso.

#Golden Cross #Qualicorp

Golden Cross na mira

10/08/2017
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Após pescar diversos bagrinhos no mercado de planos de saúde, a Qualicorp quer fisgar um peixe graúdo: a Golden Cross. Com a aquisição, a operadora de José Seripieri Jr. sairia de 1,3 milhão para 1,6 milhão de clientes.

#Golden Cross #Qualicorp

Qualicorp esbanja saúde, com ou sem Lula

22/06/2017
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A Qualicorp fechou a compra de 75% da Uniconsult, gestora de planos de saúde com 17 mil vidas. Com a aquisição, a operadora de José Seripieri Junior ampliará sua atuação no interior de São Paulo. Mais do que isso: se firma como uma consolidadora do setor. Em março, comprou a Asben por R$ 16 milhões – informação antecipada pelo RR na edição de 29 de março. Selou também um acordo para vender os planos da Unimed Fesp em São Paulo. Nem nos tempos de governo Lula, seu amigo do peito, Seripieri experimentou tamanha prosperidade. O que, aliás, sob determinada ótica, depõe a seu favor. Ao contrário dos rotineiros voos do ex-presidente no Cessna 680 do empresário.

#Qualicorp #Uniconsult

Qualicorp leva seus planos para onde o povo está

29/03/2017
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Em meio a insistentes especulações sobre a venda do seu controle, a Qualicorp ensaia um salto nos braços do povo. A empresa de José Seripieri Junior está fechando a compra da carteira da Asben, o que significará sua entrada no mercado de planos de saúde populares. Por ora, trata-se de uma espécie de test driver no novo segmento.

O investimento será pequeno, de R$ 16 milhões, e o que está em jogo é a transferência de 26,7 mil vidas. Para efeito de comparação, esse número equivale a apenas 2% da atual carteira da Qualicorp, de 1,3 milhão de clientes, concentrados nas classes A e B. Procuradas pelo RR, Qualicorp e Asben confirmaram o acordo.

Seripieri tem outra bala na agulha, uma operação capaz de dar maior escala a sua empresa no segmento de planos populares. Trata-se de uma parceria com a Unimed Fesp que permitirá à Qualicorp vender e operar planos de saúde da bandeira Unimed em todo o estado de São Paulo pelo prazo de cinco anos. O acordo gira em torno dos R$ 35 milhões. José Seripieri Junior tem duas prioridades neste momento: diversificar a atuação da Qualicorp e desvincular sua imagem de Lula, identificação que já lhe levou ao céu e hoje o empurra na direção do inferno.

A primeira, sem dúvida, é a mais simples. Se, por um lado, Seripieri avança sobre as camadas mais baixas da sociedade no momento em que a taxa de desemprego sobe a ladeira, por outro aproveita-se dos efeitos da recessão sobre o valuation dos ativos. O empresário tem planos, inclusive, de criar uma marca voltada às classes C e D. Complicado mesmo é apagar da história sua relação de proximidade com o ex-presidente.

O Google, o atual guardião da memória coletiva, não lhe dá descanso. Ontem à tarde, por exemplo, quem fizesse uma busca pelos termos “Qualicorp” e “Lula” encontraria 13.700 resultados. Há menções desde a contratação da G4, empresa de Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, pela operadora de planos de saúde até o período de descanso de Lula na mansão de Seripieri em Angra dos Reis. Para não falar das citações aos deslocamentos do ex-presidente a bordo do Cessna 680 do empresário.

#Qualicorp #Unimed

Dono da Qualicorp esbanja saúde no réveillon

3/01/2017
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O sócio fundador da empresa de planos de saúde Qualicorp, José Seripieri Junior, comemorou a passagem do Ano Novo como se não houvesse outra. Júnior, como é mais conhecido, comandou uma queima de fogos na praia privê do condomínio Portogalo, em Angra dos Reis, de nove minutos. Foi de tirar o fôlego!

Cada um dos condôminos locais entrou com um dízimo para fazer as festas nos céus de Angra. Entre os doadores estavam ainda o ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni e o ex-presidente do Banco Safra Carlos Alberto “Bigode” Vieira. Junior foi o grande contribuidor da vaquinha fogueteira: pagou o sétuplo de cada um dos nobres vizinhos, fração correspondente às sete casas de sua propriedade no condomínio.

Todas estão à venda, pela bagatela de US$ 2 milhões, em média, cada uma. Junior deve ter rezado com fé à Iansã para que ela ajude a transformar logo seus imóveis em liquidez, proteja seu compadre Lula e espante esse encosto curitibano para bem longe. Eparrêi!

#Banco Central #Banco Safra #Qualicorp

Balão de gás

26/10/2016
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 O recorrente vazamento de informações sobre a venda da Qualicorp tem feito bem aos acionistas da companhia, a começar por seu fundador, José Serepieri Filho. Desde junho, quando surgiram as primeiras notícias sobre a operação, o valor de mercado da empresa de planos de saúde já subiu 40%.

#Qualicorp

Adoecendo

28/09/2016
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 Corre pelo mercado a informação de que as negociações para a venda da Qualicorp às gestoras norte-americanas CVC e Carlyle emperraram. Não por acaso, nas últimas duas semanas a ação da operadora de plano de saúde caiu 14%.

#Carlyle #CVC #Qualicorp

Dúvida

9/08/2016
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• Manter ou não o empresário José Seripieri na gestão da Qualicorp? Esta é a dúvida que paira sobre o Carlyle e o GIC (fundo soberano de Cingapura), fortes candidatos à compra da operadora de planos de saúde. A permanência de Seripieri, ainda que por um período de transição, é vista pelos fundos como uma faca de dois gumes. Ninguém no país conhece tão bem o segmento de planos de saúde por adesão, modelo de negócio que ele próprio ajudou a montar. Em contrapartida, a presença de Seripieri empurra a Qualicorp para as piores páginas do noticiário. O empresário é investigado por supostas doações irregulares para a campanha de Fernando Pimentel.

#Carlyle #GIC #Qualicorp

BlackRock avança várias casas no capital da Qualicorp

14/03/2016
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 Às vezes, uma operação na bolsa não passa de uma operação na bolsa, tanto quanto um charuto pode ser apenas um charuto, como diria Freud. No entanto, haveria um “algo a mais” na sorrateira escalada do BlackRock no capital da Qualicorp. Por meio de seguidas aquisições feitas nas últimas semanas, a gestora norte-americana já amealhou cerca de 6% da empresa de planos de saúde, o suficiente para se tornar o segundo maior acionista individual, atrás apenas do sócio fundador da empresa, José Seripieri Jr. – dono de 20,2% por meio da L2 Participações. O BlackRock está longe de pisar no freio. O RR apurou que a administradora de recursos avança sobre a participação de outros minoritários: as negociações já engatilhadas lhe deixariam com algo próximo de 10% do capital. Desta forma, os norte-americanos passariam a ter uma posição extremamente privilegiada na Qualicorp, com condições de indicar um conselheiro e participar diretamente da gestão da companhia.  O BlackRock, que chegou a ser sócio minoritário da Dasa no início da década, tem planos de investir na área de saúde no Brasil, atraído pela desvalorização da moeda local e pelo baixo custo dos ativos na economia real. A Qualicorp é o típico exemplo de uma empresa arrumada, com uma boa posição em seu mercado e, sobretudo, depreciada. A ação da companhia está em seu menor patamar dos últimos cinco anos. Em 12 meses, caiu 45%. Em tempo: olhando-se para a empresa através de uma grande-angular, há quem enxergue que o momento seria propício até mesmo para uma investida da BlackRock sobre a participação do próprio José Seripieri, personagem que volta e meia surge sob os holofotes por conta da sua relação com o ex-presidente Lula. Mas isso é outra história. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Qualicorp e BlackRock

#BlackRock #Dasa #L2 Participações #Qualicorp

Chá de sumiço

28/08/2015
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Os amigos de José Seripieri Jr. andam saudosos. O dono da Qualicorp reduziu sua presença em eventos e locais públicos. Seripieri, como se sabe, tem queridos amigos, a começar por Lula.

#Lula #Qualicorp

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