O super-ministro Rui Costa tornou-se uma espécie de “embaixador” da BYD dentro do governo. Costa chamou para si a missão de esfriar a ofensiva contrária de outros ministros após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam na construção da fábrica da montadora em Camaçari em situação análoga à escravidão. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, por dever de ofício, é o mais engajado na questão. Tem defendido uma punição mais severa à BYD, responsável pela contratação da Jinjang Construction Brazil Ltda, acusada dos maus tratos aos operários. Para Costa, trata-se de um assunto quase pessoal. O ex-governador da Bahia atuou diretamente nas negociações que levaram a montadora chinesa – e, com ela, um investimento de R$ 6,5 bilhões – para a Bahia.