Economia
Roberto Campos Neto é o “judas do bem” do BC
O governo continua dizendo que a Selic de 15% é um carry over das políticas fiscal e monetária descontroladas do ex-presidente do BC Roberto Campos Neto. É uma forma de dizer que os juros siderais de Gabriel Galípolo não merecem crítica. O atual presidente da autoridade monetária seria, portanto, vítima e não algoz. Campos Neto apanha de um lado e colabora de outro. Como diretor de relações públicas do Nubank, se apresenta como lobista dos bancos digitais e fintechs. Mas vento que venta lá venta cá. Ele também contribui com informações junto a toda a família dos bancos comerciais. Até aí, nada demais. O que causa espécie é que Campos Neto é interlocutor, se não frequente, com razoável constância, de Galípolo. O ex-presidente do BC tem se articulado com os parlamentares do Centrão. Assim, sabe o jogo de um lado, o da autoridade monetária, e do outro, o dos “matadores” do Centrão. Vale ressaltar que Campos Neto é altamente respeitado por Galípolo, que já disse em mais de uma conversa que faria tudo o que seu antecessor fez.
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