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Agora, parece que vai mesmo. Sem as propaladas cartas de demissão, Joaquim Levy deve deixar o governo agastado, após trabalhar que nem um mouro sem contar com um minuto sequer de apoio do governo. Mas, rei morto, rei posto. O RR faz seu ranking de candidatos ao cargo, com o respectivo par no Ministério do Planejamento. Não se espantem com o brutal coeficiente de dispersão. Ele reflete a atual geleia brasileira. Otaviano Canuto na Fazenda com Nelson Barbosa no Planejamento: 69%. Canuto seria um desagravo ao próprio Levy, que o teria indicado para o cargo. Hoje, se encontra esquentando cadeira no Banco Mundial. Contra sua indicação a indisposição de trabalhar com Barbosa em permanente estado de fritura. Nelson Barbosa e Luiz Guilherme Schymura: 65%. Uma dobradinha cantada já há algum tempo. Schymura tem um bom temperamento e afinou as ideias com Barbosa no Ibre, quando o convidou para trabalhar na casa durante um interstício da sua missão do governo. Dá Barbosa na Fazenda. Luiz Gonzaga Belluzzo: 30%. Tem lá suas convicções cepalinas, com a vantagem de mudar de ideia conforme a circunstância. De sorte, pode se acasalar bem com Barbosa. Uma dica: Dilma Rousseff adora Belluzzo. Aloizio Mercadante: 4%. É um coringa: tanto pode ser um “aspone” quanto titular da Fazenda. Levará o Congresso à loucura e a mídia ao delírio. As negociações políticas avinagrarão e os vazamentos transformarão Watergate em jardim da infância. Até dá para ser com Barbosa, mas ele preferiria um empresário. Quem? Quem? Luciano Coutinho: 2%. De temperamento zen, qualificadíssimo, com a confiança de Dilma, é bem capaz de alinhar com Barbosa. A contraindicação é o papel que lhe foi confiado de tourear os pepinos do governo Henrique Meirelles: 0,5%. Essa última operação de contrainformação lançando-o como candidato a ministro de Michel Temer o transformou de solução em proscrito. De qualquer forma, fica uma fezinha, porque, com Dilma, tudo é possível. A aposta é em qualquer nome para o Planejamento, menos Barbosa. Jorge Gerdau: 0,5%. Entoaria os versos de “Trabalho”, uma das orações preferidas de Lutero (Senhor, meu Deus, meus bens e meu cargo não estão sob o meu poder). Carregaria Vicente Falconi para o governo, onde ele se destacaria por falar invariavelmente a mesma coisa. Abílio Diniz: 0,2%. Montaria uma academia de ginástica no gabinete da Fazenda e levaria o Tarpon para fazer o planejamento do governo. Luiz Carlos Trabuco: – 100%. Um sonho tão inviável como sempre foi. José Serra: – 1.000.000%. Delírio total! Pura provocação.
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