Mercado
Luiza Helena Trajano não merece a pecha de vira-casaca
Há um clima de mal-estar, para se dizer o mínimo, na távola redonda do varejo brasileiro. O motivo é a recém-anunciada parceria entre o Magazine Luiza e a chinesa Aliexpress, um colosso do e-commerce global. Por respeito à figura de Luiza Helena Trajano, seus pares evitam usar a palavra “traição”. Mas, em conversas reservadas, empresários como Flavio Rocha, da Riachuelo, e Luciano Hang, da Havan, consideram que Luiza Helena quebrou uma espécie de pacto tácito em defesa do varejo nacional e cruzou uma fronteira sensível, aliando-se ao “inimigo”. Rocha e Hang foram dois dos nomes do setor que mais fizeram lobby em Brasília pela taxação das compras internacionais de até US$ 50.
O azedume em relação a Luiza Helena cresce à medida que circulam no mercado informações sobre movimentos futuros do Magazine Luiza e da Aliexpress. O que se diz é que, além da venda cruzada de produtos nas respectivas plataformas online, as duas empresas já enxergam a possibilidade de, mais à frente, compartilhar estruturas logísticas ou mesmo de negociações conjuntas com fornecedores. “Nesse ritmo, já, já o Magazine Luiza vai falar chinês”, provocação feita por um executivo do varejo em conversa com o RR.
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