Brasil é o novo terroir dos Rothschild

  • 5/11/2015
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 O mercado vinícola brasileiro nunca foi mais que uma uva-passa no mapa múndi dos negócios da família Rothschild. Mas o aumento da renda e a mudança dos hábitos de consumo começam a chamar a atenção da Domaines Barons de Rothschild , cujas importações de vinhos e champanhes têm crescido entre 30% e 40% ao ano no país. Um dos herdeiros do grupo francês, Philippe Nicolay Rothschild, residente em São Paulo desde 2010, considera que há potencial para muitas taças do néctar que repousa nos seus tonéis. O vinho está se enraizando no gosto do brasileiro. E a exigência por qualidade e sofisticação acompanha o aumento da demanda. Philippe Rothschild acredita que o Brasil é um universo em expansão na geoeconomia vinícola.  Em 2015, as vendas da PNR Import chegarão a 85 mil garrafas e a estimativa é bater a marca de 120 mil unidades no próximo ano. O volume em litros da companhia ainda é um tra- ço de market share, equivalente a 0,2% do total importado pelo país, que deverá alcançar 77 milhões de litros em 2015. Para esticar esses números, o empresário vai expandir a distribuição para além do eixo Rio-SP. Já negocia com distribuidores de Brasília e de Minas Gerais. Em dois anos, terá 40% de cobertura nacional. A aposta é que vinhos celestiais, como o mítico Château Lafite Rothschild, deixarão de ser uma raridade nas mesas nacionais. Se Philippe estiver certo, estará reescrevendo o capítulo original da presença do Brasil na saga dos Rothschild. O grupo durante mais de um século foi credor do país com recorrentes empréstimos ultramarinos que, na partida, serviram para cobrir o rombo deixado pela Corte portuguesa durante a independência do país. Agora, não se trata mais de dívida soberana, mas da degustação de bons vinhos.

#Domaines Barons de Rothschild #PNR Import

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