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A crise da Enel em São Paulo está irradiando por outros negócios dos italianos no Brasil. As graves falhas operacionais na distribuição de energia na capital paulista tornaram-se um óbice à renovação antecipada da concessão da Coelce, também controlada pelo grupo. Segundo o RR apurou, a Aneel recuou nas tratativas para a prorrogação do contrato da distribuidora cearense, que vence em 2028. A resistência é ainda maior no Ministério de Minas e Energia. O ministro Alexandre Silveira não quer jogar na sua conta o desgaste político de negociar a extensão da concessão da Enel no Ceará. Na atual circunstância, seria como dar um “presente” a um grupo que foi responsável por um apagão na maior cidade do país e é alvo de uma CPI na Alesp. Consultada pelo RR, a Enel informou que “não comenta rumores”.
O efeito em cascata causado pelo blecaute em São Paulo atinge também os planos da Enel de vender o controle da Coelce. A operação está diretamente condicionada à prorrogação do contrato de concessão. A falta de qualquer garantia nesse sentido travou as negociações com a CPFL e a Equatorial, as duas principais candidatas à aquisição. Nenhuma das duas vai gastar aproximadamente R$ 8 bilhões na compra de um ativo cuja licença expira em quatro anos.
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