Finanças

André Esteves faz suas aproximações sucessivas com o governo Lula

  • 17/04/2023
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Na falta do banqueteiro João Doria, e do seu Lide, entra em cena o “banqueteiro” André Esteves. O dono do BTG prepara uma leva de eventos aproveitando-se da sua proximidade com os petistas no governo. Há, inclusive, a ideia de levar Gleisi Hoffmann para um dos encontros com dirigentes do mercado financeiro. É mais uma aposta que a proximidade com o PT deverá frutificar. Esteves já se investiu do papel de realizador de seminários e almoços, aqui e no exterior, para que os ministros, notadamente da área econômica, deitem e explicações a dirigentes financeiros e empresários do setor real. O banqueiro tem autoridade para tratar do assunto. Já cumpriu em parte a missão durante a campanha eleitoral, chamando as futuras autoridades para falarem sobre os planos de governo.

André Esteves não é só o mais pragmático dos banqueiros, é o mais “smart” deles, no sentido norte-americano da palavra. Foi próximo, extremamente próximo, dos ministros Antônio Palocci e Guido Mantega, se tornando um “banqueiro petista honorário, disposto a colaborar em bons negócios para ele e para o governo. E se presta ao papel de ser assessor informal de Fernando Haddad com a dedicação e a alegria de quem sabe das vantagens de estar nas vizinhança de ministros poderosos. Esteves sai bem na frente de um outro “banqueteiro”, Guilherme Benchimol, do Grupo XP, que se especializou em criar palcos para speechs alheios. Benchimol não tem liga e organicidade com Lula e seu time. Esteves também vai usar seu departamento de research para orientar melhor o mercado sobre as políticas da área econômica. Não é nada tão diferente do que já se viu.

E João Doria, como ficou nisso? Vai gramar até descolar sua imagem de inimigo do governo. Pode demorar pouco. Lula é prático e aceita colaborações mesmo oportunistas. Se vier um coquetel de velhos adversários na bandeja, toma na hora.

#André Esteves

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