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Unilever arruma a casa para a venda da Kibon

  • 6/05/2024
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O RR apurou que a Unilever iniciou uma reestruturação na operação brasileira da Kibon. Os ajustes devem incluir demissões na fábrica de Valinhos (SP). Nos corredores da companhia, há também relatos de cortes na área administrativa, suspensão de investimentos e redução de gastos, entre os quais verbas de marketing. A chegada do inverno à operação de sorvetes da Unilever no Brasil deve ser interpretada como a arrumação da casa para a posterior venda do negócio.

Em março, a multinacional anunciou o spin-off da área e a intenção de se desfazer de suas marcas globais no setor, que incluem também Magnum, Ben & Jerry´s, Breyers, Walls e Cornetto. De acordo com a fonte do RR, diante da dificuldade de negociar toda a operação mundial em um só pacote, os anglo-holandeses estudam fatiar o negócio, seja por brands, seja por região. Nesse contexto, o Brasil é tratado pela Unilever como uma peça valiosa. A divisão Kibon no país é a joia da coroa na América Latina.

A companhia não divulga publicamente seus números, mas estima-se que o mercado brasileiro responda, sozinho, por um quarto das vendas mundiais de sorvete da Unilever, que chegaram a oito bilhões de euros no ano passado. Em conversa com o RR, a Unilever afirmou que “revê constantemente sua estratégia para tornar seus negócios tão eficientes quanto sustentáveis – no curto, médio e longo prazos.”. Em relação à área de sorvetes, o grupo confirma que “temos tomado, sim, algumas medidas para que nossa operação continue a ser competitiva em um mercado em constante transformação.”

A Unilever diz seguir “comprometida com todas as partes envolvidas, especialmente nossos colaboradores, e quaisquer decisões seguem nossas premissas básicas de cuidado, respeito, transparência e apoio”. Ao RR, a companhia informou também que “a separação do negócio de Sorvetes do portfólio total não tem relação com essas medidas de eficiência e sustentabilidade”. E o que será do negócio, no mundo e no Brasil? Ao que parece, a Unilever ainda está tateando a melhor solução. Ao RR disse que o spin-off “não tem um formato definido ainda” e “será concluído até dezembro de 2025.”

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