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Goldman Sachs sobe ao palco na Time For Fun

  • 13/08/2010
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Quase dois anos após cancelar seu IPO e praticamente se esconder atrás da coxia, a Time For Fun (T4F) prepara o retorno aos palcos. Em cartaz, a venda de parte do capital da empresa, dona da maior rede de casas de espetáculos da América Latina. Um fundo de investimentos capitaneado pelo Goldman Sachs está negociando a compra de uma participação de até 49% na T4F, controlada pelo empresário Fernando Alterio e pelo Gávea Investimentos, de Armínio Fraga. O acordo gira em torno dos US$ 100 milhões. Especializado na área de entretenimento, o private equity administrado pelo banco norte-americano reúne entre seus investidores uma miríade de nomes ligados ao show business e ao cinema, entre eles Steven Spielberg. São grandes as possibilidades de que o Gávea Investimentos aproveite a operação para vender integralmente sua participação da T4F, em torno de 20%. Além do próprio Fernando Alterio, hoje detentor de 64% das ações, a mexicana Corporación Interamericana de Entretenimento (CIE) também deve reduzir a sua posição no capital. Antigo controlador da empresa, quando ela se chamava CIE Brasil, o grupo ainda detém uma fatia de 16%. A tendência é que, além da participação minoritária, Alterio permaneça como o principal executivo da companhia. A entrada em cena do fundo do Morgan Stanley traz no script a promessa de expansão do colar de ativos de T4F, dona do Credicard Hall, do Teatro Abril, do Citibank Hall e ainda da Ticketmaster, site especializado na venda de ingressos. Além da abertura ou compra de novas casas de espetáculo e teatros, a empresa mira na Copa do Mundo de 2014. A T4F vai entrar na disputa pela gestão de arenas esportivas. Seu maior trunfo é a expertise na montagem de shows e espetáculos culturais, o que garantiria a múltipla utilização dos estádios e a redução da dependência de jogos de futebol. Nos últimos três anos, o faturamento da T4F cresceu mais de 60%. Em 2009, a receita consolidada das casas de espetáculo e do site Ticketmaster ficou em torno de R$ 400 milhões. Ainda assim, os planos de novas aquisições ficaram trancados no camarim por conta da crise econômica e do aumento da dívida da empresa ? o passivo estaria em torno dos R$ 200 milhões. A chegada de um novo sócio e a engorda das operações funcionarão como um atrativo para a oferta de ações em Bolsa, projeto que está na mira para 2011. O próprio fundo controlado pelo Goldman Sachs estaria vinculando sua entrada no capital a  retomada do IPO, suspenso em 2008.

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