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O cão de guarda do Carrefour

  • 27/07/2011
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O presidente do Carrefour no Brasil, Luiz Fazio, é um pote até aqui de desafetos. Sua obstinação em cumprir a missão prioritária que recebeu da matriz – curar a gangrena contábil da empresa – gerou um efeito colateral: Fazio tem deixado um rastro de descontentamento dentro e fora da rede varejista. Internamente, vem batendo de frente com os demais executivos devido ao seu estilo excessivamente centralizador. Fazio, que acumula a presidência com a diretoria comercial, tem caracterizado sua gestão pela compulsiva interferência em todas as áreas da companhia. Não tardou a angariar a antipatia de seus pares. Seu principal oponente seria o francês Christophe Guillaume Martin, diretor financeiro da subsidiária. A situação não é diferente dos muros para fora do Carrefour. As relações entre Luiz Fazio e alguns dos maiores fornecedores da rede varejista, como Hypermarcas, BrasilFoods e Unilever, teria se deteriorado de forma acelerada nos últimos meses. O executivo estaria exigindo descontos maiores na compra de mercadorias e prazos bem mais longos de pagamento. Até aí, está no seu papel. No entanto, seu modus operandi tem causado perplexidade e irritação entre os parceiros comerciais da empresa. Em alguns casos, Fazio teria ameaçado interromper a compra de produtos caso as condições impostas pelo Carrefour não fossem aceitas

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