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Grupo Edson Queiroz jorra na fonte dos fundos de investimento

  • 23/11/2010
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A água mineral entrou na rota de duas grandes administradoras de fundos de private equity no país. Gávea Investimentos e o inglês Actis estão medindo forças para adquirir os negócios de água mineral do Grupo Edson Queiroz, o maior do país no setor. Apesar das propostas estarem em cima da mesa, a companhia cearense se finge de morta e deixa o barco correr solto. Sabe que seus ativos estão se valorizando por conta do crescimento do consumo de água mineral no país a taxas em torno de 10% ao ano. O Grupo Edson Queiroz não disse nem que sim nem que não para ambos os pretendentes, mas não é de hoje que procura um sócio para dividir os aportes na expansão tanto da Indaiá quanto da Minalba, controladas pelo grupo e líderes de mercado com aproximadamente 15% de market share. Apesar da confortável posição, já que a segunda colocada tem em torno de 4% e a terceira está praticamente empatada, a companhia aposta que o setor será alvo constante de grupos internacionais. Alguns, como a Danone e a Pepsico, já colocaram as asas de fora e têm procurado ativos para comprar. Tanto Gávea Investimentos quanto Actis pretendem manter o grupo como sócio por causa do conhecimento do mercado. A proposta, com alguma variação, é ter entre 50% e 60% do capital e dividir a gestão da Indaiá e da Minalba. Na avaliação dos fundos, ambas as companhias têm potencial de crescimento de 50% em três anos, com fôlego para ampliar a participação de mercado para 25% no total. Seria um bom percentual, que funcionaria como um hedge ao avanço dos grandes concorrentes. O negócio deverá envolver cifras superiores a R$ 400 milhões e deixar o Grupo Edson Queiroz com caixa para investir em distribuição de GLP, mineração e agropecuária.

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