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Destaque
Governo reserva um figurino híbrido para o BNB e o Basa
2/07/2025A criação de uma distribuidora de títulos e valores mobiliários a partir de uma costela do Banco do Nordeste (BNB) é apenas o início de um experimento potencialmente maior. Nos tubos de ensaio do governo fervilham propostas para ampliar o escopo e consequentemente o poder de fogo dos bancos de fomento federais, mais precisamente o próprio BNB e o Banco da Amazônia (Basa). Em uma primeira etapa, o Banco do Nordeste usaria sua DTVM para distribuir cotas de fundos de investimento de terceiros.
Nas discussões travadas no Ministério da Fazenda, há quem defenda, como passo seguinte, que a instituição financeira monte uma gestora de recursos. Com isso, o BNB passaria a ter um instrumento para captar dinheiro no mercado e constituir fundos próprios. Viraria um híbrido de banco de fomento e de investimento. Outra hipótese sobre a mesa: a criação de um braço de participações no Banco do Nordeste, sob o regime de Sociedade Anônima, nos moldes da BNDESPar.
Essa “BNBPar” permitiria ao banco injetar capital em projetos ou mesmo empresas na região mediante operações de equity. Trata-se de uma hipótese menos provável. Para isso, o BNB não precisaria abrir um caminhão de agências na região. Vento que venta no Banco do Nordeste sopra também no Banco da Amazônia. No laboratório de ideias da Fazenda, toda essa engrenagem poderia ser replicada no Basa.
O projeto de lei encaminhado pelo governo ao Congresso – já aprovado pela Câmara e à espera de votação no Senado – traz um spoiler sobre as intenções da Fazenda. A proposta autoriza o Banco do Nordeste a construir subsidiárias, no plural. Ou seja: nos planos da Fazenda, a criação de uma DTVM é apenas o ponto de partida.
A ideia é dar ao BNB – e, posteriormente, vestir o Basa com o mesmo figurino – uma roupagem de banco de investimento, ainda que sem alterar a essência das duas instituições. No fim das contas, todos os futuros tentáculos teriam como finalidade aumentar a capacidade financeira do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia de promover fomento regional. A abertura de novos mecanismos de captação seria uma forma de reduzir a dependência do Tesouro.
Um exemplo: quase 80% do funding para as operações de crédito do BNB vêm do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Ainda que o crédito ao desenvolvimento seja a premissa por trás de toda essa química, o que a Fazenda está combinando em suas pipetas é uma fórmula híbrida. BNB e Basa passariam a ter partículas de bancos de investimento misturadas as suas moléculas originais, de agência de fomento.
Na prática, guardadas as devidas proporções, o governo teria mais duas instituições financeiras federais operando ativamente no mercado de capitais, a exemplo do BNDES. Ou ofertando fundos de investimento, como o BB e a Caixa. Não deixa de ser curioso. No fim do século passado, notadamente no governo FHC, teve início o desmonte da pirâmide de bancos públicos, com a privatizações estaduais. Ficaram apenas três espécimes para contar a história: Banrisul, BRB e Banestes.
Agora, ainda que pontuais, surgem movimentos capazes de dar maior poder de competição a bancos públicos. É o caso da própria associação entre o BRB e o Master, assim como da alquimia que está sendo preparada pelo governo para o BNB e o Basa.

Energia
Power China planeja construir segundo parque solar no Nordeste
30/05/2025O RR apurou que a Power China avalia a construção de um novo complexo de energia solar no Nordeste. Há conversas em andamento com os governos da Bahia e do Ceará. O investimento estimado beira os R$ 2 bilhões. Existe a possibilidade de o BNDES e o Banco do Nordeste (BNB) se juntarem no financiamento ao projeto. Recentemente, os dois bancos de fomento anunciaram novas linhas de crédito para geração renovável. O BNB, por exemplo, tem como meta liberar ao longo deste ano R$ 6 bilhões para investimentos em energia limpa, 18% a mais do que em 2024. Ressalte-se que a Power China já está erguendo um parque de geração fotovoltaica em território cearense, mais especificamente entre os municípios de Mauriti e Milagres, projeto da ordem de R$ 1,8 bilhão.

Infraestrutura
Banco do Nordeste vira uma peça importante nos leilões de saneamento
21/05/2024Alguns ouvidos mais aguçados no BNDES já captaram conversas com o Banco do Nordeste (BNB) sobre o setor de saneamento. E o que se diz nessas conversas? O BNB ampliaria o volume de financiamentos para o setor, o que seria um chamariz para os futuros leilões de concessão na região, todos com modelagem a cargo do BNDES. O principal alvo no curto prazo é a licitação dos serviços de saneamento em Pernambuco, prevista para o último trimestre do ano. O BNDES ainda não fechou os números, mas cálculos preliminares indicam um pacote de investimentos no estado superior a R$ 18 bilhões. No ano passado, o Banco do Nordeste liberou cerca de R$ 2,8 bilhões em crédito para o segmento. Para este ano, a expectativa no setor é que o sarrafo chegue a R$ 4 bilhões.

Crédito
Banco do Nordeste vai buscar mais energia financeira na CAF
18/10/2023O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, está em linha direta com a CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe). Câmara quer fechar, ainda neste ano, o repasse de uma leva de recursos para o financiamento de projetos em transição energética. As cifras giram em torno de US$ 100 milhões. No que depender do presidente do BNB, é só o começo. Câmara quer aproveitar a porta aberta junto ao banco de fomento latino-americano para buscar também uma segunda tranche de recursos. O foco, nesse caso, é irrigar linhas de crédito do Banco do Nordeste para projetos vinculados ao cumprimento de metas ESG

“Banco do Centrão”
25/02/2021O senador Ciro Nogueira, um dos próceres do Centrão, tem se movimentado nos bastidores para emplacar o nome de Anderson da Cunha Possa na presidência do Banco do Nordeste (BNB). Possa ocupa a diretoria de negócios da instituição. Uma vez consumada, a troca seria mais um dissabor para Paulo Guedes, responsável pela indicação do atual presidente do BNB, Romildo Rolim. Se bem que, a essa altura, engolir um sapo a mais ou a menos parece não fazer a menor diferença para o ministro da Economia.
Eunício crava um duplo na loteria do BNB
26/01/2019De saída do Senado, Eunício de Oliveira quer deixar seu legado no governo Bolsonaro. O emedebista joga com dois “cavalos” na corrida pelo comando do Banco do Nordeste (BNB): o atual nº 1 do BNB, Romildo Rolim, e o ex-presidente do banco, Marcos Holanda. Com este último, aliás, Eunício mantém uma relação-sanfona. No governo Dilma, indicou Holanda para o cargo. Na era Temer, mais precisamente no fim de 2017, fez força para tirá-lo do BNB. À época, Holanda teria contrariado interesses do MDB junto ao Banco do Nordeste. Ao que parece, são águas passadas.
Eunício crava um duplo na loteria do BNB
9/01/2019De saída do Senado, Eunício de Oliveira quer deixar seu legado no governo Bolsonaro. O emedebista joga com dois “cavalos” na corrida pelo comando do Banco do Nordeste (BNB): o atual nº 1 do BNB, Romildo Rolim, e o ex-presidente do banco, Marcos Holanda. Com este último, aliás, Eunício mantém uma relação-sanfona. No governo Dilma, indicou Holanda para o cargo. Na era Temer, mais precisamente no fim de 2017, fez força para tirá-lo do BNB. À época, Holanda teria contrariado interesses do MDB junto ao Banco do Nordeste. Ao que parece, são águas passadas.