Synergy e Líder duelam pela Bombardier

  • 4/02/2015
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A Bombardier virou o centro de uma disputa que opõe duas figuras históricas do mercado aeronáutico brasileiro. De um lado, José Afonso Assumpção, dono da Líder Aviação; do outro, German Efromovich, maior acionista do grupo Synergy, que promete revidar a perda histórica da parceria com a companhia canadense, da qual era representante exclusivo até 2013. Assumpção ganhou o contrato com manobras dignas de um piloto da esquadrilha da fumaça. Mas o acordo com a Bombardier tem mostrado algumas rachaduras. A Líder Aviação ainda não conseguiu convencer os canadenses de que tem estrutura suficiente para assumir a manutenção de toda a frota da Bombardier no país. O serviço continua sendo feito pela Synergy em um centro de manutenção em São José dos Campos (SP). Além disso, as vendas de aeronaves não decolaram. Oficialmente, a Líder afirma que “não tem enfrentado problemas para manter o acordo de comercialização de aeronaves Bombardier”. A aposta de Efromovich é que o desgaste entre a Líder Aviação e a Bombardier aumentará exponencialmente em 2015. Como se trata do terceiro ano do contrato, não há mais carência para que os resultados comerciais apareçam. A Synergy já fez contatos prévios com a Bombardier para tentar acertar novamente os ponteiros e reaver a parceria, que durou dez anos. Na avaliação de Efromovich, o distrato com a Synergy foi motivado muito mais por excesso de expectativas da Bombardier do que por algum problema real de queda nas vendas das aeronaves da fabricante. Por ora, Assumpção ainda tem em mãos o acordo, mas é bom que se movimente rapidamente para não ter surpresas ao longo do ano.

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